Paradidático - O Outro em Mim Paradidático - O Outro em Mim | Page 15
já se puseram a caminhar. Um guia deixado por Cortez iria ajudar esses
novos soldados a seguir o que se esperava ser a trilha que Cortez
trilharia. Seu nome era Clemente. Esse contou ao grupo, que Cortez já
tinha percorrido e dominado grandes extensões de terras e subjugados
alguns povos. Contou também, que ouviu vários boatos muitos parecidos
sobre um grande e poderoso Império selvagem, denominado de Astecas.
Um povo dito como guerreiro, que cultivava a arte da guerra e eram
imponentes nessas regiões. Lorenzo ficou com medo, mas estava
disposto a se arriscar pelo prêmio.
Nessa caminhada até o conquistador Cortez, Lorenzo como os
demais homens não entraram em contato com nem um povo, nem um
nativo, somente com restos e destroços do que deduziram ser moradias.
Sendo assim, eles não sabiam o que iriam enfrentar nem como iriam.
Todavia, o que contava era o presente, o futuro deixou para quando
chegar, confiando que estariam prontos para o que aparecesse de
diferente.
A flora que os cercavam era de mata densa, uma vegetação alta, em
que a luz chegava pouco. As áreas claras se tornavam mais raras, e a
luminosidade dava lugar a densa escuridão, que parecia assim como o
silêncio da floresta, engolirem parte por parte da alma.
A terra era rica em rios, alguns pequenos outros gigantes, mas a
questão é que havia muita água. Ao passo que encontraram muitas vezes
no percurso um chão pantanoso, em que a água cobri até a cintura e o
desespero tomava conta quando chovia no momento em que estavam
atravessando essas áreas.
Nesse tempo fora de casa, a sua nostalgia e saudade só crescia. O
que antes parecia apenas pétalas de flor, agora eram rosas cravejadas de
espinhos. Lembrar de sua terra e de sua amada era como uma rosa, que
transmite o bem, mas nesse caso, não era somente isso, ela transmitia a