Paradidático - O Outro em Mim Paradidático - O Outro em Mim | Page 14
A capital desconhecida
A caravela passou direto por Cuba, não pediu permissão do
governador da ilha, pois recebia ordens diretas da Coroa, isso se deve ao
fato de Cortez ser próximo da Corte. Chegaram em 1519 no planalto
central. Lorenzo estranhou que o batalhão de soldados que fazia parte
era pequeno, perto de 38 soldados. Se perguntou se havia mais soldados
que iriam fazer parte da empreitada de conquista, e se houvesse, onde
estariam. Isso por conta que todos os lugares que olhava, via apenas
figuras simples, nada como um soldado espanhol. Todavia a explicação
logo veio por meio da mão de um mensageiro. Esse trazia uma carta que
deveria ser lida na frente de todos os membros do batalhão. A carta era
dirigida pelo próprio Hernán Cortez, nela dizia: “Amigos e conterrâneo,
eu os chamei da terra amada para me auxiliarem na empreitada, como
amigos e fiéis ao Deus onipotente. Estamos aqui pela coroa, pelo nosso
amado rei e pelo nosso salvador. Não podemos deixar que esses
continuem governando, não podemos deixar que selvagens sem religião
permaneçam assim, precisamos dar uma religião e levar a civilização a
eles. Mas estimados amigos, tirem proveito do que encontrem, pois
aqueles que me acompanharem, saíram com bolsas de ouro. Eu não
aguentei a ansiedade e parti na frente para conquistar esses territórios
misteriosos. Assim que terminarem de ouvir essas palavras, saem em
meu encalço, pois precisarei de toda ajuda possível”.
Lorenzo ao ouvir essa mensagem fortaleceu sua fé, na igreja e na
monarquia. E em sua mente ainda escutava a frase “aqueles que me
acompanharem, saíram com bolsas de ouro”. Esse era seu objetivo, sua
necessidade, o porquê estava ali, o porquê largou sua esposa e seu filho,
essa frase serviu para reanimar seus ânimos já desgastados pela viagem.
A tropa não perdeu tempo, do desembarque a mensagem recebida,