O Tijolo- 1º bimestre 2018 O Tijolo- 1º bimestre 2018 | Page 14
Em um mundo onde o bonito é
ficar, onde estão os românticos?
Até certo tempo, eu negaria de todas
as maneiras se alguém me tachasse
como romântica. Com certeza, era
mais fá- cil me fazer de coração de
gelo do que
admitir que eu queria me apaixonar por
alguém. E tenho certeza de que eu não
estou sozinha nesse barco!
Hoje em dia, bonito é pegar e largar e
não assumir o que sentimos um pelo
outro. Relacionar-se com alguém sem
fazer joguinho é quase impossível. É
pre- ciso coragem para admitir para o
outro, e para nós mesmos, que
queremos algo além do ficar.
Eu, definitivamente, não tive essa coragem.
Fiz de tudo para não ser assim! Na minha
cabeça, me apaixonar era pedir por uma
decepção amorosa
e passar um mês escutando “Give me love” do
Ed Sheeran.
Em meio a minha guerra mental, tentando
não querer algo que eu internamente
desejava- típi- ca situação adolescente pela
qual imagino que a
maioria de vocês já passou- eu definitivamente
não achei paz.
Mas, por que tanto medo de dividir o que
senti- mos? Por que simplesmente não admitir
para a pessoa que você está interessado nela e
que você quer conhece-la melhor!
Liberta esse coração! Não tenhamos medo de
cha- ma-la para almoçar só por que tivemos
vontade!
Por mais simples que pareça, existe um muro
que nos impede de sermos sinceros uns com os
outros, até com nós mesmos. Nós
automaticamente nos fe- chamos para as
possibilidades por pavor de receber um: “Eu não
quero nada sério”.
Por: Dawn
Quando recebemos essa resposta, o certo
seria lidarmos com ela, respeitando a decisão
do outro e a nossa de querer algo sério. No
entanto, muitos abdicam de sua vontade
própria para se envolver com a pessoa, e
muitas vezes ainda transformam o seu
comportamento, para garantir de alguma
forma, que o outro não o abandone.
O processo de mudança na maior parte das
vezes não se dá por uma necessidade nossa,
mas por um anseio de sermos aceitos por
um grupo de pessoas. Tal situação pode ser
observada no filme “Clube dos cinco”, no
qual podemos perceber
a necessidade das personagens de pertencer a
grupos sociais, mesmo que lhes custasse
tomar atitudes que questionassem seus
valores morais.
Se você precisa se fazer de outra pessoa
para um indivíduo gostar de você, você está
indo pelo caminho errado. Se aproxime de
alguém que goste de você, mesmo sabendo
de todos os seus defeitos.
Hoje eu me aceito como uma romântica e se
alguém não quiser ficar comigo por causa
disso… sinto muito, mas o problema
definitivamente não é meu!