O queijo de coalho em Pernambuco: histórias e memórias | Page 51
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" A palma tornou-se a base da criação e manutenção do gado dos criadores do Nordeste"
A palma tornou-se a base da criação
e manutenção do gado dos criadores do
Nordeste, atingidos pelo fenômeno da
seca. Foi por meio de Herman Lundgren,
que reconhecida como pessoa muito bem
informada, acompanhava publicações de
revistas europeias e norte–americanas,
foi possível importar seis toneladas de sementes da ‘palma santa’, e, em seguida,
distribuir entre fazendeiros do Nordeste
do Brasil.
Por seu lado, há variedade de palmas
suscetíveis a pragas50. No Brasil, assim
como no México ou em outras áreas, constitui-se como uma das pestes a conhecida
cochonilha de escama (Diaspis echinocacti), que se tornou conhecida por escama, piolho ou mofo da palma, e que traz
grandes danos a essa cultura Essa mesma
praga é, no México, conhecida por escama blindada, por oferecer muita resistência ao seu combate. Em Pernambuco, diz
Djalma Santos51 (IPA) que:
[...] A palma forrageira voltou a
ser cultivada em larga escala pelos criadores das bacias leiteiras,
principalmente em Pernambuco e
Alagoas. Estima-se existirem hoje,
no Nordeste, aproximadamente 500.000 hectares cultivados,
constituindo-se como uma das principais forrageiras para o gado leiteiro.
Entre tantas pragas que atacam a
palma nos dias atuais, a que ofereceu
maiores dificuldades, desde os anos de
2008, foi a cochonilha do carmim. Tem
sido fácil o seu reconhecimento, pois as
fêmeas adultas se apresentam com o corpo ovalado, coberta por uma cerosidade
branca que, ao ser esmagada, escorre
um conteúdo de cor avermelhada, caracterizando os representantes do gênero Dactylopius. No Brasil, essas pragas
encontram-se presente nos estados de
Sergipe, Alagoas, Paraíba, Pernambuco,
Ceará e Rio Grande do Norte.