como a do Ensino Médio, a Trabalhista, a Tributária, a da Previ-
dência. Anulação também proposta por Ciro Gomes e outros
igualmente empenhados em substituir Lula como candidato após
sua esperada condenação em 2ª instância, entre eles o ultrarra-
dical Guilherme Boulos.
O conflito entre uma agenda modernizadora do país e a de uma
volta ao populismo estatizante e inflacionário passará a configu-
rar-se como predominante eixo de polarização no embate presiden-
cial de 2018. Num contexto em que a convergência, conclusiva, em
favor do candidato mais competitivo do campo reformista se dará
num processo tenso e demorado, sujeito a influências e desdobra-
mentos das investigações da Lava-Jato. E envolvendo legítimas
disputas internas nos principais partidos e entre estes e movimen-
tos de setores empresariais, de forte teor reformista, fortalecidos
pelo elevado déficit de credibilidade que afeta significativamente os
primeiros. Os quais, porém, deverão prevalecer, apoiados sobre-
tudo nas regras partidárias e eleitorais estabelecidas.
A configuração (do referido eixo) começa a evidenciar-se no
intenso debate sobre as MPs publicadas no Diário Oficial da União,
de 31 de outubro (que vão garantir ao Tesouro Nacional R$ 12,6
bilhões de recursos extras, com economia de despesas e aumento
de receita) e a retomada da PEC da Previdência (na tentativa da
aprovação de pontos básicos do relatório produzido no Senado,
meses atrás).
O enfrentamento decidido da crise fiscal, de par com a proposta
do Executivo dos critérios de privatização da Eletrobras, motiva-
rão, de um lado, agressivas reações corporativas e esquerdistas.
E, de outro, deverão favorecer a reafirmação de posturas reformis-
tas de grande parte da bancada de deputados do PSDB, bem como
da do PPS e de parlamentares de outros partidos com posturas
similares que – a meu ver, compreensivelmente mas equivocada-
mente – posicionaram-se pelo acolhimento da denúncia da PGR
de Janot contra o presidente.
Quanto ao oposicionista Jair Bolsonaro certamente tentará,
nesse debate, combinar a capitalização do aumento da criminali-
dade (que é seu forte) com votos contrários às MPs restritivas de
ganhos da elite do funcionalismo.
Reformas versus corporações e populismos
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