O empreendedorismos de salto alto Feminino | Page 11

É possível perceber que a inserção da mulher no mercado de trabalho iniciou com a Revolução Industrial e ganhou destaque em época de guerras. A remuneração salarial era menor e era mais fácil disciplinar esse novo grupo trabalhador.

Segundo Costa (2005), influenciadas pelas ideias anarquistas e socialistas, algumas mulheres incorporavam às lutas sindicais na defesa de melhores salários e condições de higiene e saúde no trabalho, além do combate às discriminações e abusos a que estavam sujeitas por sua condição de gênero.

Segundo dados do IBGE (2012) percebe-se que ainda há diferença em relação ao salário recebido por homens e mulheres, tal como apresentado pelo gráfico 1.

O gráfico 1, além de mostrar a diferença salarial entre homens e mulheres, compara também essa diferença por anos de estudo. É possível observar que as mulheres, independentemente da quantidade de anos de estudo, em média, recebem menos que os homens.

Elas S.A.

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As sociedades diferem em suas percepções e costumes sobre o trabalho feminino e a sua participação em negócios. Os vários níveis de educação e desenvolvimento podem influenciar consideravelmente as crenças sociais, o que está geralmente associado ao grau de aceitação sobre a carreira da mulher. No entanto, em alguns casos, as mulheres investem no empreendedorismo, independentemente de percepção, ou simplesmente porque suas famílias necessitam de suas rendas. Além disso, a aceitação da sociedade sobre deixar os cuidados com os filhos com outras pessoas enquanto desenvolvem uma carreira, adicionada ao custo de disponibilidade de serviços com esse fim, podem pesar significativamente. A mulher empreendedora também necessita da cooperação e apoio de investidores e financiadores, empregados, fornecedores e consumidores. Quando estes fatores agem como impedimento, a sociedade perde uma oportunidade de ganhar a energia empreendedora de metade de sua população.

(GEM GLOBAL, apud GEM, 2010, p. 46)