das crianças e a dos jovens , pais e mães , amigos e espectadores uniam-se em louvor . Esperança e alegria enchiam-lhes o coração .
O espírito possuía-se de paz . Eram restaurados na mente e no corpo , e voltavam para casa proclamando por toda parte o incomparável amor de Jesus . Na crucifixão , os que assim foram curados não se uniram à turba vil que exclamava : “ Crucifica-O , crucifica-O ”. Suas simpatias eram para Jesus ; pois Lhe haviam sentido a grande compaixão e o maravilhoso poder . Sabiam que era seu Salvador ; pois lhes dera saúde física e espiritual . Escutaram as pregações dos apóstolos , e a entrada da Palavra de Deus em seu coração lhes dera entendimento . Tornaram-se instrumentos da misericórdia de Deus , de Sua salvação . A multidão que fugira do templo , passado algum tempo , foi voltando devagar . Haviam-se recobrado em parte do terror que deles se apoderara , mas suas fisionomias exprimiam irresolução e timidez . Olhavam com pasmo as obras de Jesus , e ficavam convencidos de que nEle tinham cumprimento as profecias concernentes ao Messias . O pecado de profanação do templo cabia , em grande parte , aos sacerdotes . Fora por arranjos da parte deles que o pátio se transformara em mercado . O povo era relativamente inocente .
Foi impressionado pela divina autoridade de Jesus ; mas para ele a influência dos sacerdotes e principais era suprema . Estes consideravam a missão de Cristo como uma inovação , e punham em dúvida Seu direito de interferir naquilo que era permitido por autoridades do templo . Ofenderam-se por haver sido interrompido o comércio , e sufocaram as convicções originadas pelo Espírito Santo . Mais que quaisquer outros , deviam os sacerdotes e principais ter visto que Jesus era o ungido do Senhor ; pois tinham nas próprias mãos os rolos que Lhe descreviam a missão , e sabiam que a purificação do templo era uma manifestação de poder sobre-humano . A despeito de aborrecerem a Jesus , não se podiam eximir ao pensamento de que fosse um profeta enviado por Deus , para restaurar a santidade do templo . Com uma deferência nascida desse temor , a Ele se dirigiram com a indagação : “ Que sinal nos mostras para fazeres isto ?” João 2:18 .
Jesus lhes mostrara um sinal . Fazendo com que a luz brilhasse no coração deles , e realizando em sua presença as obras que o Messias devia efetuar , dera convincentes provas de Seu caráter . Ora , ao pedirem um sinal , respondeu-lhes por meio de uma parábola , mostrando que lhes lia a malevolência , e via a que ponto esta os levaria . “ Derribai este templo ”, disse , “ e em três dias o levantarei ”. João 2:19 . Essas palavras encerravam um duplo sentido . Ele não Se referia somente à destruição do templo judaico e do culto , mas a Sua própria morte — a destruição do templo de Seu corpo . Esta os judeus estavam já tramando .
Quando os sacerdotes e principais voltaram ao templo , haviam-se proposto matar Jesus , livrando-se assim do perturbador . Ao apresentar-lhes Ele seus desígnios , porém , não O compreenderam . Tomaram-Lhe as palavras como se aplicando ao templo de Jerusalém ,
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