Ano XV | Edição 35 | 24
O Padre, a Menina e o Poeta
O
padre Antônio Vieira, do século
XVII, ganhou largos espaços na
história, especialmente, por seus
lindos discursos, através dos quais divul-
gava os ensinamentos da Igreja e empol-
gava, do púlpito, a quantos o ouviam. Foi,
como se diz em nossos dias, “um campeão
de audiência”.
Fácil de se constatar essa apreciação com
a leitura de seu livro Os Sermões. Mas o je-
suíta, político, pregador e escritor, nascido
em Lisboa (1608) e que veio a falecer em
Salvador/BA (1697), entendia que a palavra
era um bom veículo para o ensino daquilo
que doutrinava, porém de maior eficácia,
para isto, lhe parecia o exemplo: o melhor de
todos os sermões; o que mais deixaria marcas
não apagáveis na memória. Em síntese: o pa-
dre Vieira deixou ensinado que o melhor de
todos os sermões será sempre o exemplo.
Consagrada, recentemente, essa sua
afirmação. Quando uma foto da menina
Rivânia, da Mata Sul de Pernambuco, com
uma mochila de livros, era vista por muitas
centenas de milhares de pessoas em todo o
mundo.
Chovia muito e as águas enchiam os
rios que transbordavam e invadiam as casas
ribeirinhas, deixando muitos e incontáveis
desabrigados. As famílias perderam seus per-
tences. Patrimônio que construíram ao lon-
go da vida, não só o que era de uso pessoal,
mas também os de negócio, pois muitos dos
que as águas alcançaram, viviam do comér-
cio e suas casas comerciais foram atingidas.
A menina Rivânia foi alertada pela avó.
Ela deveria sair de sua casa, o mais rápido
possível. E como o tempo lhe era muito cur-
to, pegasse o que achava mais importante.
Rivânia foi vista numa jangada, com uma
mochila contendo livros. Não continha rou-
pas, nem calçados, nem comidas, nem brin-
quedos. Continha livros, porque, indagada
sobre isto, disse ela que nos livros estava o
seu futuro, estava a garantia de seu amanhã,
melhor que o hoje de tantas dificuldades
como as que estava sofrendo.
A foto que ainda está circulando pelo
mundo, daquela menina salvando livros,
decerto será um exemplo para muitas gera-
ções. Um sermão sem palavras. Uma tatua-
gem no corpo da lembrança que mais tinta
ficará com o passar do tempo, porque é um
sermão pelo exemplo.
Essa crença no milagre que o livro ope-
ra, mediante a leitura, tem feito de Rivânia,
uma pessoa admirada, uma mensageira. Um
chamamento à leitura, ao livro, à educação.
Jornais impressos e da televisão têm mostra-
do “a menina que salvava livros da cheia”,
para que a sua geração e as próximas mirem-
-se em seu exemplo.
O poeta Castro Alves chamaria Rivânia
de bendita menina. Pois para ele, escre-
vendo o poema O livro e
a América, “Bendito (é)
quem salva o futuro”.
Assad e filho na
Academia Militar
Esse é um fantástico registro que alegra a
sua mostra, trata-se do valoroso Ir.’. As-
sad Madi com sua bela família em acon-
tecimento na Academia Militar do Gua-
tupê – acontecia então a ENTREGA
DO ESPADIN QUE É A ARMA SÍM-
BOLO DOS CADETES À OFICIAL.
E seu filho, nosso sobrinho MATEUS
ASSAD MADY – recebia das mãos de
seu pai Carlos Assad Mady o seu ESPA-
DIM DE CADETE. Forte emoção ao
nosso querido Ir.’. Assad - pois a 26 anos
atrás acontecia o mesmo com ele. Curi-
tiba Paraná. Em 21 de abril de 2017.
Nos registros a seguir: Mateus, Eliane,
Antonio e Carlos Assad.
Ir.'. Antônio do
Carmo Ferreira
“O essencial é invisível aos olhos.
Só se vê com o coração”
( Antoine De Saint Exupery)