O Cavaleiro de São João O Cavaleiro 34 | Page 19

Emerson – Comendador
Honoris Causa
Ano XIV | Edição 34 | 19

Emerson – Comendador

CCar.’. Ir.’. Emerson José da Silva – no segundo aniversário de sua Loj.’. Maçônica CCav.’. da Liberdade – recebeu especial homenagem na Ses.’. do dia 28 de abril de 2016, a Comenda Cavaleiros da Liberdade, o Título Benemérito de CA- VALEIRO DA LIBERDADE. Na primeira foto – Clorty Alberto Sartori( Deputado Estadual), Augusto Cesar Alvino( Mestre Instalado), Emerson José da Silva( PMI) e Joselito Romualdo Hencotte( diretor de cerimônias). Na segunda foto os IIr.’. recém chegados na Loja Cavaleiros da Liberdade 4334, Raphael Rocha, Rodrigo Melo, Emerson José da Silva, Augusto Cesar Alvino, Rafael Marchiorato e o nosso VM Joelcio Flaviano Niels.

Honoris Causa

João Krainski Neto – Grão Mestre do Grande Oriente do Paraná. Recebe o Título de DOUTOR HONORIS CAUSA da UniLogos da credenciadora Federal Americana. Califórnia University – Título condedido em fevereiro de 2016. No registro, nosso Ir.’. Paulo Henrique Carvalho e Krainski Neto. Curitiba-PR.

Juiz corajoso

Uma das figuras mais notáveis do Brasil nos últimos tempos, sem dúvida alguma é a do jovem juiz federal Sérgio Moro. Especialista no conhecimento e em combater os crimes chamados de colarinho branco, de alta complexidade, praticados por executivos, políticos e empresários, ficou sob sua responsabilidade o julgamento da Operação Lava Jato, que repercutiu no País e no mundo e ainda continua repercutir tanto que chega até mesmo a estremecer a República, ou melhor, os dois poderes, o Legislativo e principalmente o Executivo e o partido majoritário que lhe dá sustentação, tamanho o envolvimento de pessoas consideradas importantes na vida nacional.

Não é fácil ser juiz. Depois de aprovado em concurso público disputadíssimo, ele é designado para uma comarca do interior e, com o correr do tempo, vai subindo de posição, ora por antiguidade ou por mérito e, geralmente em final de carreira, se interessar e se quiser, pode chegar a disputar o cargo de desembargador.
Se quiser, porque às vezes o juiz acomoda-se na comarca em que exerce suas funções e não almeja mais abandoná-la, o que não significa demérito algum, mas foi uma opção de vida, mesmo porque, se for promovido, após se inscrever numa prévia lista de promoção, terá de enfrentar a capital com todos os problemas de uma cidade grande, o que poderá ser objeto de transtornos, pois sua família já se integrou perfeitamente na comarca em que se radicou.
Os juízes— assim como os membros do Ministério Público, os promotores— possuem as garantias constitucionais de irredutibilidade de subsídios( que não podem ser reduzidos), de vitaliciedade( só sai da carreira se quiser, como regra geral) e, por fim, a garantia da inamovibilidade( só sai da comarca de quiser, também como regra geral).
Assim como muitas carreiras públicas de extrema responsabilidade, independentemente de seus funcionários exercerem ou não altos cargos, a verdade é que, como dizem os norte-americanos,“ the right man in the rigth place”, o homem certo no lugar certo, é preciso que para um bom desempenho funcional, o servidor público deva ter vocação para a profissão que escolheu, gostar dela, estar perfeitamente integrado em suas funções e não apenas exercê-la como meio de vida.
E a de juiz, como certa vez explanou um psicólogo famoso argentino, Mira y Lopes num artigo,“ A vocação de juiz”, é preciso que além de possuir algumas características fundamentais para exercer essa profissão, como, evidentemente o profundo senso de justiça que ele deve ter, o de dar a cada um o que é seu, o conhecimento jurídico, o seu caráter, a sua personalidade, a sua responsabilidade em não ficar alheio à comunidade em que vive, existe uma virtude que se não é rara no Poder Judiciário, nalguns juízes, como o magistrado Sérgio Moro, atinge os píncaros e que é a coragem.
Pois é admirável e respeitável a coragem desse juiz no enfrentamento de gente poderosa e perigosa, muito mais do que qualquer marginal da periferia. O risco de vida— e certamente o de sua família— que corre é extremo, pois colocar na cadeia empresários riquíssimos, políticos importantes, pessoas acostumadas a mandar para obter vantagens indevidas por quaisquer meios, não é fácil e não é qualquer um que se dispõe a colocar sua vida e a de sua família à disposição da Justiça e à do Estado.
De vez em quando os jornais noticiam o assassinato de juízes, como o de Araçatuba e o de uma juíza em Duque de Caxias, mas, ao que consta, os crimes foram cometidos por vingança de traficantes.
Por isso é de se louvar a imensa coragem desse juiz que está sendo um exemplo ao povo brasileiro ao trancafiar os bandidos de colarinho branco, pessoas que se apropriaram do dinheiro público, dos milhões de reais que deveriam ser destinados à saúde, como para coibir a dengue ou, entre outros objetivos, para proporcionar segurança da população, dinheiro esse subtraído de todos nós, do povo brasileiro. Se eles tivessem cometido esses crimes na China, seriam condenados à morte e no Japão, os políticos e empresários corruptos, desonrados e desmoralizados, teriam a hombridade de cometer suicídios.
Mas cadeia para eles, no entanto, está de bom tamanho. Portanto, vida longa ao ilustre magistrado Dr. Sérgio Moro, pela coragem que sempre tem demonstrado, com toda aquela simplicidade que também demonstra.
Luís Carlos Bedran
Sociólogo M.’. I.’. 33.’. da A.’. eR.’. L.’. S.’. Caridade Universal III – Or.’. de Araraquara – SP.