projetos
o CaMinho
para uMa
Cidade ideal
trabalhos do 8 o e 9 o anos discutem
desafios e propostas para uma
são Paulo melhor
E
m setembro de 2015, representantes dos mais de
150 países membros da Organização das Nações
Unidas (ONU) reuniram-se em Nova York para
adotar, formalmente, a nova agenda de desenvolvimento
proposta pela entidade, que tem como metas para 2030
a erradicação da fome e da pobreza, a promoção da se-
gurança alimentar e da saúde, a garantia da educação de
qualidade, a promoção global da igualdade de gênero,
a garantia do acesso à água potável, entre outros.
Escola Associada da UNESCO, o Colégio Santo
Ivo procura inserir-se nesta busca por um mundo justo
e igualitário adotando os Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável da ONU como fi o condutor dos projetos de
pesquisa realizados com os alunos dos 8ºs e 9ºs anos
do Ensino Fundamental ao longo de 2017.
O projeto #Pauliceia tem como ponto de partida a
São Paulo atual, com seus contrastes e contradições,
e propõe uma cidade melhor para 2030, justa e iguali-
tária. “Durante o percurso dos trabalhos, os alunos são
levados a estreitar seus laços afetivos locais, conhecer a
história do município, identifi car os problemas, relacioná-
los à agenda da UNESCO e propor ações concretas para
atingir, em escala local, os Objetivos do Desenvolvimento
Sustentável da ONU”, explica Ivana Muscalu, professora
de História e Projetos.
durante o Percurso dos trabalhos, os alunos
são levados a estreitar seus laços afetivos
locais, conhecer a história do municÍPio,
identificar os Problemas, relacioná-los À
agenda da unesco e ProPor açÕes concretas
Para atingir, em escala local, os objetivos
do desenvolvimento sustentável da onu
ivana muscalu, Professora de
história e Projetos
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JORNAL SANTO IVO
no alto: alunos do 9º ano trabalham em maquete do projeto
“a cidade ideal”. acima: visita do escritor Waldemar fontes, que
falou sobre “vocação das cidades”, para o projeto #pauliceia
Em #Pauliceia, as aulas foram planejadas de modo a
cumprir importantes etapas. “Primeiro, os alunos retomam
os vínculos com os espaços do cotidiano, por meio de me-
mórias sensoriais, como cheiros e sons, tato e visão. Em
seguida, identifi cam os principais problemas que atingem
o espaço urbano. Na terceira etapa, formulam um proble-
ma de pesquisa, relacionado a um dos temas levantados
na etapa anterior, e realizam a pesquisa propriamente dita.
O projeto se encerra com a proposição de ações concretas
de intervenção na realidade local”, conta o professor de
Artes, Lucas Bocatto, um dos responsáveis pelo projeto.
No 9º ano, todos os alunos da sala têm de pensar em
propostas para a construção de uma cidade ideal. Pri-
meiro, eles debatem cada fator que compõe o seu de-
senvolvimento, como terreno, rede elétrica e de esgoto,
mobilidade, meio ambiente, saúde, educação, moradia,
lazer, etc. Depois, trabalham com o SimCity, jogo que
simula a administração e crescimento de uma cidade.
Por fi m, são desafi ados a idealizar e construir a maquete
da cidade ideal, “a nossa São Paulo de 2030”, responsabi-
lizando-se pelo planejamento, administração e execução.
“Durante todo o processo, os alunos têm que trabalhar
em colaboração. Juntos, eles conseguem refl etir melhor so-
bre a valorização do espaço e da cidadania em uma cidade.
O game ajuda a fazê-los enxergar melhor os problemas e
as soluções. Quando bem inseridos num contexto peda-
gógico, recursos como esses são preciosos aliados dos
professores nas mais variadas disciplinas”, afi rma Solange
Perazza Lins, Coordenadora do 9º ano e Ensino Médio.