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realizada com o apoio do, entretanto extinto, Instituto Caboverdiano de Cinema.
No debate que sucedeu às intervenções dos cineastas convidados, foi sugerido uma maior pressão da CPLP junto dos Estados membros para a priorização da indústria cinematográfica que ajudaria na afirmação identitária dos países de língua portuguesa. Lurdes Pires, que produziu recentemente o documentário“ A Criança Roubada”( a estrear na RTP2 a 23 de julho), sublinha que“ A guerra de Beatriz” nunca passou na televisão timorense, pois apesar de este ter sido cedido para o efeito, a Televisão exigiu o pagamento de uma verba, dificultando assim a difusão do filme no próprio país.
O 5 de maio, instituído como o Dia da Língua Portuguesa e da Cultura na CPLP, a 20 de julho de 2009, por resolução da XIV Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da CPLP, decorrida na cidade da Praia, Cabo Verde, foi este ano também celebrado com a estreia de um documentário produzido no âmbito do Programa CPLP Audiovisual, intitulado“ Do Outro Lado do Mundo”, do realizador angolano, Sérgio Afonso, com produção de Tchiloia Lara, que aborda a crescente presença chinesa em Angola.
Neste dia, foi ainda inaugurada uma exposição alusiva ao 20 º aniversário da CPLP, um projeto conjunto com a Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia( ULHT)- Centro de Estudos Interdisciplinares em Educação e Desenvolvimento e o Departamento de Museologia Social da ULHT. A exposição tem como objetivo a sua utilização num contexto pedagógico, podendo ser enviada, em formato digital, para as instituições com interesse na CPLP, bem como escolas dos Estados membros.
As indústrias criativas podem ser difíceis, mas valem a pena fazer, lutar, insistir... Pegando nas palavras proferidas durante o debate, todos os cineastas dos países de língua portuguesa estão de parabéns, pois“ em vez de reclamar da falta de luz, estão a acender velas”.
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