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Vencedores Prémio Fernão Mendes Pinto Entrevista realizada aos vencedores do PFMP 2014, 2015 e 2016, durante a cerimónia de entrega dos prémios em Campinas. O vencedor do Prémio Fernão Mendes Pinto 2014 foi Fátima da Cruz Rodrigues da Universidade de Coim- bra com a dissertação de doutoramento em Sociologia, no curso de Pós-Colonialismos e Cidadania Global, “Antigos Combatentes Africanos das Forças Armadas Portuguesas - A Guerra Colonial como Território de (Re)conciliação”. O vencedor do Prémio Fernão Mendes Pinto 2015 foi Kamila Katarzyna Krakowska Rodrigues, da Universidade de Coimbra, com a dissertação “Na Demanda da Ideia de Nação: As Viagens Pós-Coloniais, Em Mário de Andrade e Mia Cou- to”. O vencedor do Prémio Fernão Mendes Pinto 2016 foi Pa- tricia Delayti Telles, da Universidade de Évora, com a disser- tação “Retrato entre baionetas: prestígio, política e saudades na pintura do retrato em Portugal e no Brasil, entre 1804 e 1834”. Foi realizada uma cerimónia de entrega dos Prémios Fernão Mendes Pinto correspondentes aos anos 2014, 2015, 2016, em Campinas, levando assim os vencedores a participar no XXVII Encontro da AULP. As vencedoras foram desafiadas a responder a três questões sobre o PFMP. 1. O PFMP existe deste 2008, o número de participantes tem aumentado todos os anos, e existe uma maior diversi- dade temática. Que conselhos deixa a futuros candidatos ao prémio? Fátima (PFMP2014) - Não tenho propriamente conselhos a dar. O que posso é motivar eventuais candidatos indecisos a concorrerem ao PFMP. Nesse sentido, desde que a dissertação 16 de mestrado ou a tese de doutoramento possa, de algum modo, representar a aproximação das comunidades de língua portuguesa, que o orientador da mesma apoie essa candida- tura e que o júri que arguiu a sua defesa a tenha considerado um bom trabalho, o/a seu/sua autor/a não deve hesitar a con- correr a este prémio. Kamila (PFMP2015) - Como o foco do prémio é aproxi- mar dois países de língua portuguesa é muito importante fazer trabalho de campo para conhecer a realidade desses mesmos países. A ida ao Brasil com o apoio da FCT e a ida a Moçambique como parte de um projeto de investigação em que participei foram decisivos para o desenvolvimento da minha tese. É também muito importante aceitar e valorizar o conhecimento de pessoas com mais experiência. Eu pes- soalmente tenho de agradecer o imenso apoio das minhas orientadores de doutoramento, Professora Aparecida Ribeiro de Coimbra e Professora Ana Mafalda Leite de Lisboa. Patrícia (PFMP2016) - O meu conselho é muito simples: não tenham medo! Venho da História da Arte, trabalho um período pouco estudado: os primeiros anos do século XIX, confesso que não imaginei que tivesse qualquer chance de vencer. Isso dito, fiquei encantada por ter sido a primeira vez que o prémio era entregue a alguém de História da Arte. Neste mundo globalizado, em que todos buscamos interdis- ciplinaridade, diálogo, abertura, pouco confiamos uns nos outros e muito menos no reconhecimento do nosso trabalho. Eu tive a sorte de ter um orientador excepcional, o Professor