New Directions Contabilidade Ambiental 1 | Page 9

GLOBAL REPORTING INITIATIVE

A partir da Conferência sobre o Meio Ambiente de Estocolmo na Suécia em junho de 1972, iniciaram-se as ações em escala global para organizar as relações humanas com o meio ambiente. As questões ambientais passaram a ter destaque nas agendas governamentais e foram instituídos regulamentos e leis com o intuito de proteger os espaços e recursos naturais. O relatório Nosso Futuro Comum de 1987, conhecido também como Relatório Brundtland, elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU (UNCED) estabelecida em 1983, definiu o desenvolvimento sustentável como um conceito que “satisfaz as necessidades do presente, sem comprometer a capacidade de as futuras gerações satisfazerem suas próprias necessidades” (RIBEIRO; ROSSATO, 2012).

Frente à necessidade de haver uma estrutura para melhor demonstrar essas informações, em 1997 a partir da reunião de ambientalistas, ativistas sociais e representantes de fundos socialmente responsáveis, foi criada a GRI, uma organização multistakeholder, sem fins lucrativos, que desenvolve uma Estrutura de Relatórios de Sustentabilidade adotada por cerca de 1.000 organizações, em todo o mundo.

Essa Estrutura compõe-se de Diretrizes para Elaboração de Relatórios de Sustentabilidade (as Diretrizes G3), Suplementos Setoriais, Protocolos Técnicos e de Indicadores. Com o objetivo de superar as limitações de uma abordagem padronizada, os Suplementos são considerados essenciais na elaboração do Relatório de Sustentabilidade, uma vez que ajudam a retratar os riscos e as oportunidades dos setores de atuação das empresas.

A visão da GRI é uma economia global sustentável onde organizações podem medir seus desempenhos e impactos econômicos, ambientais, sociais bem como os relacionados à governança, de uma maneira responsável e transparente e sua missão é fazer com que a prática de relatórios de sustentabilidade se torne padrão, fornecendo orientação e suporte para as organizações. A partir disso foi definida uma estrutura básica para a elaboração dos Relatórios de Sustentabilidade, que além das Diretrizes G3 devem conter os seguintes temas:

GRI

Água

Energia

Reutilização de Materiais

Reciclagem

Gestão Ambiental

Logística

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