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iSB – Como é o tratamento aplicado? É necessária uma equipe de diferentes áreas

da medicina? É possível curar o paciente?

Calil Darzé Neto – Ainda não há cura para a doença de Parkinson. O tratamento deve

englobar uma equipe multidisciplinar, composta por neurologistas, psiquiatras,

fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas e terapeutas ocupacionais,

cada membro dessa equipe atuando para melhorar e controlar os sintomas do paciente,

gerando uma melhor qualidade de vida para o portador da enfermidade.

Há uma série de medicamentos para o tratamento e controle da doença. Como existe

uma falta de dopamina no cérebro dos pacientes, a medicação mais eficaz é a levodopa,

que, após ingestão oral, alcança o cérebro, onde é transformada em dopamina. Outras

opções de medicações são utilizadas, como os agonistas dopaminérgicos (pramipexol),

os anticolinérgicos (biperideno), a amantadina, a selegilina, a rasagilina e o entacapone.

À medida que a enfermidade evolui, a resposta ao tratamento medicamentoso, mesmo

com a combinação de medicamentos, já não é tão boa e nem sempre bem tolerada pelo

paciente. Nesse momento, pode-se optar pelo tratamento cirúrgico, sendo a modalidade

mais indicada, atualmente, o implante de eletrodo para estimulação cerebral profunda

(Deep Brain Stimulation – DBS).

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