7- O que vocês acham do mercado fonográfico? creditam que existem um espaço de divulgação no cenário baiano?
Espaço tem, mas não funciona quando se trata de rap. Há panelas, que acabam não ajudando e ocultando outros, mutualismo né?, diz Dactes. Kaizen completa, e as mídias não nos abraça por receio da liberdade que temos nas palavras, oque também impede o alcance de muitos outros públicos.
Gleisson: e se a mídia aberta abraça, o publico não aceita.
Dactes: ai esses que chamam de vendidos, eu lembro duma frase de emicida“vendido é acordar 6:30 pra trabalhar por uma mixaria de um salario mínimo, 12 horas por dia, isso que é vendido.”
8- em relação a apropriação cultural da música negra e de seus elemento pela elite branca...como vocês se posicionam?
Dactes: Os pretos fizeram e sempre vai ser nosso, não quer dizer que branco não pode fazer, mas tem que entender que antes dele veio a gente.
Kaizen: Os brancos podem fazer, mas eles tem que saber o lugar de fala deles, não dá pra eles gritarem achando que sabe oque é rap e falar dum contexto que nunca viveram , mas o rap ta ai pra passar a vivencia de cada um, se ele conseguir passar oq vive pro rap, tudo bem então.