17 longe , desse longe onde estamos sempre , e abrimos as portas de uma sala e o novelo de pensamentos para onde a realidade , muitas vezes , nos remete , a todos os que responderam ao desafio . Pelo meio , dois anos de reclusão e hábitos impostos , que a Covid nos deixou . Primeiro , com a realidade que nos apresentou , depois , com a herança pesada que foi ficando . Mas sentimos que não queremos que as oportunidades que a tecnologia nos oferece , hoje , nos ceguem e nos afastem distraidamente das oportunidades que a proximidade nos dá . Únicas e irrepetíveis . E é esse sentir que nos leva a uma conclusão simples e valiosa : precisamos da proximidade dos nossos padrinhos para pensarmos , em conjunto , no que queremos como resultado deste trabalho que , no fundo , temos vindo a empreender também em conjunto . No Porto , no dia 23 de setembro , tivemos casa cheia , padrinhos e madrinhas disponíveis , atentos , com perguntas breves e alguma timidez . Tivemos presentes com um destino distante a entregar numa data de calendário ainda mais distante . Tivemos equipa que nos ficou no coração , mas que o tempo levou por outros caminhos , tivemos padrinhos que suplantam o seu papel e nos inspiram com as metas que constroem para a sua participação na vida das comuni- dades escolares , com as quais trabalhamos . Tivemos equipa , que veio de Moçambique e que coleciona um olhar com um grande histórico sobre o nosso trabalho , naquele país . Tivemos o que foi dito , mas tivemos também o muito que ficou por dizer . E é essa matéria que ainda não conhecemos , que nos propomos conhecer , daqui por diante , fazendo do encontro de dia 23 um hábito , na melhor aceção do termo . Queremos uma proximidade sistemática com os padrinhos e madrinhas , que sintam necessidade de partilhar connosco a sua visão , as suas reflexões , as suas expetativas , para melhor ajudar os outros a concretizar os suas .