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QUEM HELPA
livro : “ a Vida escreve-se Todos os Dias .
Alcobaça , Carolina Fialho
Foi com esta deixa que iniciei esta minha Viagem pelo mundo da escrita … como assim gosto de intitular . Tudo é viagem , mente dentro ou mundo fora … E eu gosto de ver a minha vida como tal . O meu gosto pela escrita sempre existiu desde os diários de adolescência nos quais já não sei o que rabiscava , àquilo que passaram a ser quase diários de viagem e que compõem , também , este livro a que me refiro . A esses rabiscos , juntei devaneios que cresce ( ra ) m através da inspiração espontânea sobre temas ou palavras que se atravessem comigo , como cliques , aparentemente dignos de alguma espécie de crónica . A viagem pelo mundo da escrita ( e , também , mente dentro ) iniciou bem antes de qualquer outra , mundo fora … Mas sinto que foi apenas quando me lancei fora do meu conforto que comecei , verdadeiramente , a viver … e o escrever também ganhou um outro sentido , bem além de uma forma de expressão . Como qualquer outro ser , tenho as minhas “ falhas técnicas ” e , olhar para as duzentas e tantas páginas que foram crescendo ao longo dos anos em documento Word , como um possível livro , era algo impensável , até partilhar pequenos excertos aqui e acolá . Fui sendo incentivada não só a publicá- -las, como também a acreditar mais no que rascunhava – e , por consequência , em mim .
Recordo-me de uma noite passada em São Tomé e Príncipe , quase no final de uma viagem intensa mas sempre no famoso ritmo leve-leve , em que puro instinto me levou a partilhar algo que escrevera naquele dia , dentro do jipe e entre roças , para com quem estava comigo . Questionava , no que lia : Afinal , para que servem os sonhos senão para serem vividos ? Também aquela viagem 1 era um sonho meu ! – agora já parte da minha história – e foi nessa mesma noite que a ideia de um possível e futuro livro se tornou mais real . Pensei neste projeto associado a um cariz social desde o início , em que parte das receitas pudessem reverter para alguma necessidade a colmatar … Não estivéssemos nós , naquela viagem , nesse mesmo contexto . Além disso , fazia-me sentido que chegasse a alguma associação que eu própria conhecesse e com quem tivesse tido algum contacto em terreno - a HELPO . Este projecto pessoal levou-me onde jamais imaginara , ultrapassando qualquer expectativa que pudesse ter guardada . Tinha como objectivo dois aspectos bem definidos , também de acordo com os valores e necessidades da HELPO : primeiro - que o donativo fosse utilizado para o que , quando transferido , tivesse carácter de maior urgência ; e segundo - que fosse recebido o devido feedback por transparência de processo para comigo , com a associação e com quem adquiriu o livro .