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H : Que reações receberam dos visitantes da exposição ? Como considera que foi percecionada esta iniciativa ? CS : A exposição abalou e chocou os nossos visitantes , sem dúvida . A fotografia e a história são tão impactantes que provocaram , inclusive , reações do foro físico . Recordo-me de pessoas que partilharam terem ficado nauseadas e ainda de um jornalista que , tendo tido a necessidade de fazer uma pausa na visita , foi recompor-se à beira- -mar . Nenhum visitante ficou indiferente , todos tinham uma palavra a dizer , todos reagiram , mostrando a forte componente social que está por trás da Escola do Caminho Longo .
H : Pessoalmente , qual a sua opinião sobre esta exposição ? CS : Na minha perspetiva , é uma exposição marcadamente sociocultural que nos conduz a reflexões urgentes sobre a realidade mesmo à nossa porta que não podemos ignorar . Indubitavelmente , é uma exposição que nos informa , em jeito de apelo , sobre a situação do norte e que ,
“ nenhum visitante ficou indiferente , todos tinham uma palavra a dizer ”
de certa forma , nos obriga a querer saber mais sobre o que efetivamente está a acontecer em Cabo Delgado . A Escola do Caminho Longo teve visitantes de todas as idades , houve um esforço da nossa parte para fazer uma forte divulgação junto dos beirenses e trazer alunos de várias escolas , pelo que os resultados ultrapassaram as nossas expetativas . A qualidade da recolha fotográfica de Luís Godinho e a maestria com que Maria João Venâncio deu voz às crianças , foram fortemente elogiados por todos .
H : Outra informação que gostaria de partilhar com os nossos leitores . CS : A Escola do Caminho Longo foi um grande sucesso na Beira , tendo-nos marcado a todos . Tenho a certeza que ficámos mais informados e , igualmente , interventivos socialmente . Queria só deixar uma palavra enorme de apreço e agradecimento ao coordenador responsável pela Helpo em Moçambique , Carlos Almeida , que foi incansável para que a exposição fosse concretizada no Centro Cultural Português da Beira .