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PORTUGAL
de eventuais ganhos incompreensíveis . Este mundo , é o nosso . É um mundo que não conhece uma bitola comum , uma meta comum , um valor absoluto comum . No dia 16 de dezembro de 2021 , foi atribuída à Helpo a Medalha de Ouro comemorativa dos 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos pela Assembleia da República Portuguesa . Um gesto de olhos aguados pelo que significa , mas sobretudo um gesto de carga aos ombros , também pelo que significa . As montanhas que ainda há por mover e que são evidentes a todos aqueles que vão sendo colocados frente a frente com cada pequena-gigantesca tragédia pessoal , resultado da vida , da vida que aprisiona e impede , da vida que nega a liberdade só de ser , mas de ser em pleno ! A liberdade de cada um de nós realizar tudo o que poderia ser , sem as barreiras que existem , porque a geografia , ou porque outra coisa qualquer que faz pouco ou nenhum sentido na justificação do injustificável .
“ O dia em que a Helpo recebeu este galardão será um dia impresso a luz , no corpo das nossas memórias ”
E depois esta medalha . Mais uma peça num motor de motivação e responsabilidade . Hoje , seja porque temos encontro marcado à hora certa com os noticiários urgentes , que nos vêm lembrar a nossa própria fragilidade , seja por outra coisa qualquer , é mais fácil falar de pessoas e do direito a ser pessoa . E é mais fácil que isto seja assunto , porque nos sentimos todos comprometidos ao assistir à tentativa dessa negação de uns , sobre outros , e aqui ao lado , à porta de nossa casa ! O dia em que a Helpo recebeu este galardão será um dia impresso a luz , no corpo das nossas memórias . Mas esse dia serviu para nos lembrar que a derradeira meta é a salvaguarda desses Direitos e que o falhanço da sua garantia transversal , mata ! Às vezes longe , às vezes muito perto . Lutemos juntos as lutas que são de todos , e não há nada que nos una mais do que o que nos torna iguais : o direito a uma vida de cumprimento dos nossos Direitos Fundamentais !