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MOÇAMBIQUE
planear o regresso às aulas em segurança .
Nampula , João Silva
Osurgimento da pandemia , provocada pela propagação do novo coronavírus , criou uma disrupção enorme no Sistema de Educação moçambicano , comparável apenas aos tempos de guerra civil , onde o acesso à educação , em muitas zonas do país , era também extremamente reduzido , devido à falta de segurança . Esta insegurança , provocada , desta vez , por um inimigo invisível , originou que todas as escolas em Moçambique fechassem no final do mês de março de 2020 , com a instauração do Estado de Emergência . Mais de 8 milhões de crianças foram diretamente afetadas . A renovação do Estado de Emergência prolongou-se até ao início de setembro , altura em que o país aparentava ter a propagação do vírus controlada e , por isso , foi planeada a retoma das aulas presenciais , de forma faseada . Assim , o ajuste do calendário escolar de 2020 definiu que os estudantes das classes de exame voltariam às aulas presenciais , sendo que a 12 ª classe iniciou a 1 de Outubro , a 10 ª classe a 19 de Outubro e a 7 ª classe a 2 de Novembro . Para além dos estudantes destas classes , apenas os estudantes do ensino técnico-profissional e do ensino universitário regressaram às aulas . Todos os outros alunos e alunas das restantes classes mantiveram-se em casa , sem possibilidade de ir à escola . Para estes , estudantes de classes isentas de exame , o Ministério da Educação e Desenvolvi-
“ o kit era composto por : sabão , baldes , termómetro , material de limpeza , luvas e botas de borracha e pulverizador de costas ”
mento Humano de Moçambique decretou , em setembro , a passagem automática para a classe seguinte , sem mais avaliações e dando por encerrado o ano letivo para essas classes . De forma a garantir um regresso seguro e controlado para os estudantes das classes de exame , foram identificadas medidas de prevenção a ser implementadas pelas escolas , de forma a estas terem as condições mínimas necessárias para estarem autorizadas a reabrir . Neste sentido , foi avaliado o apoio necessário em material de higiene e desinfeção , distribuído nas escolas , que são acompanhadas regularmente pela Helpo , assim como noutras , onde foi identificada a importância deste apoio pontual . O Kit de Higiene entregue , era composto por : sabão , baldes com torneira para todas as salas e entradas , termómetro , material de limpeza e de desinfeção variado , luvas e botas de borracha e pulverizador de costas , sendo que beneficiaram deste apoio 18 Escolas Primárias e Secundárias e 1 Biblioteca , na Província de Nampula , e 5 Escolas Primárias e Secundárias e 1 Ludoteca , na Província de Cabo Delgado . Estas 23 escolas abrangiam um universo de mais de 30 mil estudantes no início do ano letivo de 2020 , que deverão regressar às aulas presenciais para o arranque do ano letivo de 2021 a 20 de março , beneficiando de todo o material distribuído . Adicionalmente , tem sido avaliada mensalmente a possibilidade de apoiar as escolas , que a Helpo acompanha regularmente com material de desgaste para higienização e desinfeção , sendo que várias destas escolas já beneficiaram de mais do que uma entrega destes produtos .
Com o regresso às aulas , foi também possível planear a habitual distribuição de material escolar , que a Helpo realiza todos os anos para os estudantes do ensino primário . Ainda assim , esta distribuição foi feita apenas para os estudantes da 7 ª classe , tendo em conta que eram os únicos presentes nas escolas , devido às medidas preventivas em vigor . Para além do Kit de Material Escolar entregue a cada aluno / a , foram acrescentadas duas máscaras comunitárias por Kit , já que a proteção individual ,