E N T R E V I S TA
ARNALDO BORTOLETTO
GESTÃO ESTRATÉGICA
BASEADA EM PESSOAS
Há seis anos na presidência da Coplacana, o engenheiro agrônomo
Arnaldo Antonio Bortoletto aposta na valorização profissional e pessoal
de cooperados e colaboradores para intensificar o processo de evolução.
Inteligência de mercado e inovação tecnológica reforçam essa jornada
Coplacana (Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo) sur-
giu como diversas outras do setor agropecuário: com o objetivo de atender a
demanda dos produtores rurais por insumos e assistência técnica. Prestes
a completar 70 anos de existência, a cooperativa, que reúne 11 mil asso-
ciados, conta com uma infraestrutura que supera com folga a intenção
de quando foi fundada, no dia 10 de outubro de 1948. Além da sede, em
Piracicaba (SP), a Coplacana tem 23 filiais, distribuídas por São Paulo e
nos Estados de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. O negócio
também envolve fábrica de rações, central de recebimento de emba-
lagens vazias de defensivos agrícolas, lojas de insumos e de implementos, posto
de serviços para veículos (carros, caminhões e tratores), loja de insumos e duas unidades
produtivas – uma de grãos e outra de confinamento de gado de corte.
A diversificação de atividades é uma medida estratégica para não ficarem tão susceptíveis
às variações mercadológicas do setor sucroenergético. “Quem tem trabalhado com outras
culturas consegue equilibrar melhor essa conta. A soja, por exemplo, entra em áreas de
renovação da cana. Auxiliamos os produtores tanto na questão do manejo agrícola quanto na
comercialização, inclusive travando as negociações na Bolsa. Durante a safra, essa assessoria
é feita a custo zero, mas se passar de um ano
para o outro é preciso pagar pela armaze-
QUAL É O PRINCIPAL MOTIVO DE ORGULHO
nagem”, explica Arnaldo Antonio Bortoletto,
NA COMEMORAÇÃO DOS 70 ANOS DA COPLACANA?
presidente da Coplacana. Engenheiro agrôno-
mo formado pela Esalq/USP (Escola Superior
Pertencer a este sistema. A cooperativa deve sempre
de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universi-
fazer algo para seu cooperado e esta empresa trabalha para
dade de São Paulo), foi estagiário da coopera-
seus donos, seus acionistas. Todo ano, ao apresentarmos os
tiva. “Devemos ampliar essa participação em
balanços, informamos o que deu certo e o que não deu – e,
outros setores”, acrescenta o dirigente.
neste caso, por que não deu – e o que ficou de saldo para ser
direcionado aos investimentos. Avaliamos todos os negó-
Atualmente, a mensagem institucional que
cios de forma rigorosa, a fim de evitar que algum segmento
a Coplacana procura levar ao mercado tem
mine os ganhos dos demais. Para melhor orientar nossa
como base o orgulho, seja pelos resultados da
gestão, criamos uma bússola corporativa com os principais
cooperativa, seja pela contribuição de seus
temas que impactam nesse processo e cinco polos regionais
cooperados. Nesta entrevista exclusiva para a
de administração, o que nos deu mais agilidade. Toda essa
Revista MundoCoop, Bortoletto fala sobre os
rede está integrada para acompanhar nossas operações.
motivos desse sentimento, os diferenciais de
Também estamos fazendo uma classificação de nossos par-
gestão e suas contribuições para o fortaleci-
ceiros para garantir que tragam qualidade e segurança.
mento e o avanço do negócio. Acompanhe.
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