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O BRASIL É UM PAÍS
QUE TEM CRÉDITO
O reconhecimento mundial é um importante estímulo
para que o cooperativismo brasileiro de crédito avance
ainda mais. Espaço e oportunidades não faltam
O
Conselho Mundial das
Cooperativas de Crédito
(World Council of Credit
Unions – Woccu) reafir-
mou seu apreço pelos brasileiros ao
apresentar sua nova diretoria para
o biênio 2018/2020. Entre os conse-
lheiros está, novamente, Manfred
Dasenbrock, presidente da Sicredi-
Par e da Central Sicredi PR/SP/RJ.
“Isso demonstra a grande represen-
tatividade do Brasil no movimento
mundial das cooperativas de crédi-
to”, comenta o executivo, que desde
2009 integra o Conselho Administra-
tivo do Woccu – em 2014 passou a di-
retor e em 2015 assumiu a Secretaria
Geral da entidade, como tesoureiro.
Sua nomeação foi anunciada
durante a Conferência Mundial de
Cooperativas de Crédito, realizada
em Singapura, entre os dias 15 e 18
de julho. Realizado pelo Woccu, com
a colaboração da Federação Nacio-
nal das Cooperativas de Singapura
(Singapore National Co-operative
Federation – SNFC), o evento reuniu
cerca de 1,4 mil pessoas de 58 países.
Os desafios do setor em âmbito glo-
bal estavam entre os principais de-
bates, como a inclusão financeira de
países e pessoas em situação de vul-
nerabilidade social e a inserção cada
vez maior de jovens e mulheres na
gestão das instituições financeiras
cooperativas. “Tem sido um debate
rico e intenso, no qual temos colhido
muitos frutos”, diz Dasenbrock.
Na avaliação do dirigente, há um
vasto espaço para o cooperativismo
de crédito evoluir no Brasil, se com-
parado ao cenário internacional.
Apoiado em dados do Banco Cen-
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tral, Dasenbrock comenta que em-
bora o setor conte com mais de mil
cooperativas singulares, cerca de 9
milhões de associados e 5 mil pontos
de atendimento nas cinco regiões do
País, tem participação de apenas
3,6% no Sistema Financeiro Nacio-
nal. “Na França e na Alemanha, essa
representatividade é, respectiva-
mente, de 60% e 20% dos depósitos
do sistema financeiro”, compara.
Aproveitar essa oportunidade de-
pende de manter a atuação junto
aos órgãos reguladores e fiscaliza-
dores e de apoiar permanentemente
o desenvolvimento das cooperativas
de crédito. “Além de promover o co-
nhecimento – e aí a imprensa tem
um papel muito importante – sobre
os diferenciais desse modelo cons-
ciente e inclusivo de disponibilizar
soluções financeira para agregar
renda e contribuir para a melhoria
da qualidade de vida dos associados
e da sociedade”, completa.
O executivo destaca, ainda, o
impacto da tecnologia no de-
senvolvimento do setor. “É
preciso dar suporte às
cooperativas nesse am-
biente que contempla
FinTechs, Blockchain
e outras tecnologias
agregadoras”,
diz
Dasenbrock,
que
continua: “Devemos
estar atentos a todos
esses movimentos de
inovação para crescer-
mos de forma estrutu-
rada e, ao mesmo tempo,
integrada às novas deman-
das da população”.
PARTICIPAÇÃO
PREMIADA
A programação de Manfred
Dasenbrock durante a Conferência
Mundial de Cooperativas de Crédito
também contou com momentos
de comemoração. Em nome do
Sicredi, o executivo recebeu das
mãos de Brian McCrory, presidente
do Woccu, o Grouth Award, prêmio
concedido às três instituições
financeiras cooperativas com
maior crescimento na base de
associados em todo o mundo.
“Tal reconhecimento simboliza o
trabalho de diversas pessoas que
acreditam na cooperação e na
força transformadora para uma
sociedade com mais condições
de igualdade e desenvolvimento”,
avalia Dasenbrock. O Sicredi ainda
recebeu o prêmio Athena Award,
pela atuação no fortalecimento
das lideranças femininas no
cooperativismo de crédito, e
teve jovens colaboradores com
trabalhos reconhecidos no World
Young Credit Union People
(WYCUP).