Viver fora
Fotos: acervo pessoal
Além de todo aprendizado
teórico, Stéfani frisa que o maior
crescimento é o pessoal “hoje eu
sou uma pessoa completamente
diferente que era há dois anos e
meio. O conhecimento adquirido
aqui, conhecendo outras culturas,
outras realidades, me fez ser uma
pessoa
muito
melhor.”
A
estudante convive com diversos
intercambistas de outros locais, já
que o programa é ofertado em
vários países do mundo inteiro.
A saudade aperta diariamente, no
entanto, os meios de comunicação
auxiliam o máximo possível nessa
situação. “O pior da saudade é
quando volto das férias que passo
no Brasil, normalmente entre os
meses de Junho e Agosto”
comenta a jovem que esteve
recentemente na cidade natal,
Roca Sales, uma pequena cidade
há cerca de 120 km da capital
Porto Alegre “quando estou aqui,
acabo me adaptando, mas quando
chega a hora de voltar das férias, eu
peso tudo que deixo lá para realizar
este sonho.”
Em Macau, onde morou por dois anos
e volta a morar no próximo
ano, Stefani fez amigos que auxiliam
na saudade, estudantes que estão na
mesma situação que a roca salense.
Ela conta que teve mais medo de
mudar para Pequim do que do Brasil
para Macau. “Eu estava tão excitada
com a mudança, emocionada com a
realização de um sonho, que não
pensei no que poderia dar errado. Foi
tudo muito rápido, em cerca de um
mês eu conheci o programa, me
inscrevi, passei na prova e embarquei
nessa
viagem
alucinante”
complementa.
Quando questionada sobre voltar ao
Brasil, a estudante de mandarim diz
que não sabe quais caminhos seguirá,
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mas acredita ser difícil voltar para o
Vale do Taquari, já que as
oportunidades de emprego são
escassas na área. “É difícil dar uma
resposta certeira, não sei quais
oportunidades aparecerão. Mas eu
poderia viver tranquilamente na
China. Claro que tenho só a visão de
estudante, sem as obrigações como
impostos. Porém a vida aqui é muito
boa,
há
muita
segurança
e
tranquilidade para sair na rua a
qualquer horário. Os meios de
transportes são muito eficazes, é uma
realidade completamente diferente da
qual eu vivia” explica Stéfani.
Sem arrependimentos, a jovem diz que
faria tudo novamente e aconselha aos
outros a investirem nos sonhos. “É uma
realização pessoal” finaliza. Viver
fora é repleto de desafios e
aprendizados diários, no entanto, a
realização deste que é um sonho para
muitos jovens é um crescimento
pessoal e profissional pra vida toda.