Mod.1 História Cederj 1 | Page 19

CAPÍTULO 2:: 19
Povos da África
Tanger Argel Tunes
Marrakech
Fez
MARROCOS Trípolis
Mar Mediterrâneo
Cairo
EGITO
Taghaza
DESERTO DO SAARA
St. Louis
IMPÉRIO
DO GANA
IMPÉRIO SONGAI
Tombuctu
Djenné
Gao
Agades
IMPÉRIO DO MALI
Ségou
ESTADOS
MOSSI
BORNU
ESTADOS HAUSA
Cano
IMPÉRIO ESTADOS YORUBÁ OYO
ACHANTI IMPÉRIO DO BENIM
DAOME
DESERTO DA LÍBIA
DESERTO DA NÚBIA
Mar Vermelho
Massawa Gondar
ETIÓPIA
CONGO
BACIA DO CONGO
IMPÉRIO DO BUNYORO
IMPÉRIO DO BUGANDA
Ruanda
Mogadoxo
POVOS MASAI
Mombaça Zanzibar Quiloa
Luanda
Oceano Atlântico
DESERTO DA NAMÍBIA
DESERTO DO CALAÁRI
IMPÉRIO ROZVI
Quehmane Grande Zimbabwe
MADAGASCAR
Cidade do Cabo Boa Esperança
Oceano Índico
A África está em nós.
Em nós, brasileiros, pelas origens de uma parte considerável de nossos antepassados. E mesmo que não sejam nossos antepassados biológicos, os africanos são culturalmente parte inseparável da História de todos nós, brasileiros. Além disso, a África é o lugar onde a humanidade teve sua origem.
Assim como no continente americano, na África havia, entre os séculos XIV e XV, populações muito diversas na sua organização social, política e econômica. Havia alguns poucos grupos humanos vivendo apenas da caça, da pesca e da coleta de frutos silvestres. Havia grupos de pastores nômades, que subiam e desciam ao longo do leito de rios, e que tinham uma agricultura simples. Outros grupos também praticavam uma agricultura simples para sobrevivência, mas eram sedentários. Também havia povos que realizavam uma agricultura geradora de excedente, o que criava condições para o comércio. E havia ainda aqueles que, além da agricultura e do comércio, praticavam a mineração e extraíam ouro das ricas minas da África.
Entre esses últimos, havia sociedades africanas com antiga e importante atividade comercial com a Europa, com o mundo árabe, com a Índia e com a China. As caravanas de comércio percorriam longas distâncias, levando mercadorias africanas( ouro, marfim, sal do deserto, pimentas, peles de animais) e trazendo produtos de diversas partes do mundo para serem vendidos na África, principalmente para os nobres locais. Era o chamado comércio de longa distância.
Houve sociedades africanas que enriqueceram com esse tipo de comércio. Algumas delas criaram reinos que se tornaram verdadeiros impérios – grandes e poderosos. Um deles foi o reino do Mali, na África ocidental. O reino do Mali surgiu por volta do século XIII, numa região no alto do rio Níger, na fronteira entre a Guiné e o atual Mali, sob o comando do povo“ malinquê” – conhecido também como povo mandinga. Eram famosos porque, além de valentes guerreiros, conheciam as artes mágicas da feitiçaria. Mas os soberanos do reino do Mali não se diziam feiticeiros, e eram muçulmanos. E, como bons muçulmanos que queriam ser, tinham que viajar pelo menos uma vez na vida até a cidade sagrada de sua fé: Meca, na Península Arábica( veja no mapa).
Um desses reis, Kankan Mussa, fez uma peregrinação a Meca que impressionou a todos pelo luxo de sua comitiva. Levava muito ouro e uma Corte de pessoas ricamente vestidas, além de escravos. Toda essa riqueza atraiu para o reino do Mali muitos comerciantes, além de artistas e estudiosos do mundo árabe. Geógrafos, escritores, estudiosos da religião muçulmana foram conhecer e ganhar a vida em Tombuctu, uma das mais importantes cidades daquele reino e um dos grandes centros de produção de conhecimento daquele tempo. Em Tombuctu havia várias escolas corânicas( escolas religiosas da religião muçulmana, o Islamismo) e centros de estudos religiosos. Os livros eram uma