CAPÍTULO 2:: 17 que era de origem indiana: a pimenta-do- reino, que assim ficou conhecida no Brasil por ser vendida pelos portugueses.
Então, vamos tentar responder à pergunta que fizemos na Introdução deste capítulo. Voltemos a ela: o que havia nas chamadas Índias de tão precioso que levava navegantes e comerciantes da Europa a arriscarem-se em viagens longas e perigosas naquela época? Acreditamos que você, após a leitura deste capítulo, já possa elaborar sua resposta.
:: Síntese:: As sociedades da China, a Índia e o Japão tinham como características nesse período a: � �������� �� ��������� ����� �� ����� ���������� ��� �������� locais como o hinduísmo e o budismo, convivendo com a religião muçulmana; � ���������� �� ���������� �������� ���������� ������������� �� monarquias ou marcados pela convivência entre poderes locais; � �������� �� �������� ������������ �� �������� � �������� � ������� �� ���� � ������ � � ����������� ����� �� ���������� ������� ������� �� ����� ����������� ������ ������� �������� ���������� entre estas e outras áreas da Ásia e da África oriental, pelas vias do comércio marítimo, e da Europa mediterrânea, pelo comércio caravaneiro; � ����������� �� �������� �� ����� ��������� ���� � ������� �� soberanos locais e comerciantes.
Lá no século XIV, um desses Estados alcançou a supremacia sobre os outros e deu início a um forte processo expansionista. Seu governante, chamado Osman( Uthman, em árabe), deu nome ao reino que se formou a partir dessa expansão militar: reino otomano. Os otomanos conquistaram terras e cidades, a leste e a oeste, e fizeram alianças. Sua fama de valentes soldados fazia com que os reis de países vizinhos contratassem seus guerreiros para garantir ou tomar o poder. E assim, o apoio mútuo era estabelecido.
A nobreza otomana( sultões) desenvolvia não só a guerra, mas as artes e a ciência, formando e contratando arquitetos e mestres de obras renomados para suas cidades, bem como geógrafos, técnicos em estudos náuticos e cartógrafos para orientar na atividade marítima e de conquista terrestre.
Em 1453, os otomanos tomaram a importante cidade de Constantinopla, capital do Império Bizantino, a cidade mais importante da Europa oriental mediterrânea e um símbolo do limite entre a cristandade e o mundo muçulmano. A partir daí, invadiram e conquistaram também a Sérvia( na região dos Bálcãs) e a Grécia. Assim, todas as vias de contato terrestre da Europa com o Oriente estavam em mãos islâmicas – isto é, muçulmanas. A secular rivalidade entre grupos das duas grandes religiões monoteístas mais uma vez crescia frente ao que os europeus viam como uma ameaça ao cristianismo e ao modo de vida europeu.
Vamos pensar no mundo de hoje. Será que essas questões estão tão distantes de nós? Se pesquisarmos nas manchetes internacionais dos jornais de hoje, que notícias podemos encontrar que se relacionem ou que lembrem os conflitos e temores do século XV entre a Europa e a Ásia Ocidental?
Confira no mapa as fases da expansão turco-otomana.
Um império se forma no Oriente próximo:: os otomanos
Observe o mapa do Império turco-otomano e localize as cidades de Ankara, Constantinopla, Bursa. Durante o século XIII, vários pequenos Estados de maioria turca disputavam o domínio político dessa região. Esses Estados se afirmaram pela atividade guerreira e pela fé muçulmana, declarando-se sempre guerreiros da fé – soldados do Islã no mundo.
A Turquia era e ainda é uma região muito importante na geopolítica da Europa e da Ásia. É o limite entre os dois continentes, o país que divide e que une, pelas rotas terrestres, Ocidente e Oriente. Vale a pena olhar um mapa e localizar a Turquia nele. E mais:. Há alguns anos a Turquia vem pleiteando a adesão plena à União Europeia, da qual é membro associado, mas encontra resistência dentro do Parlamento europeu em razão de sua política interna e do temor de que seu ingresso seja uma“ porta aberta aos imigrantes de origem árabe”, o que conflita com a rejeição de setores das sociedades europeias ao aumento da presença islâmica.