Minha primeira Revista testeolhares_interativo_2016 | Page 13
Apresentação
Não foi fácil o início. Estruturas provisórias, poucos servidores emprestados das varas, magistrados acumu-
lando funções. A desconfiança de muitos quanto à possibilidade de dar certo ou não. O receio de se estar criando
uma “justiça inferior”. As distâncias enormes para ser vencidas, a fim de levar o Poder Judiciário até as comuni-
dades excluídas, muitas vezes vivendo em completo estado de isolamento e de abandono. Eram só desafios.
Mas, naqueles idos de 2002, apesar das adversidades, tudo conspirou a favor. Um presidente comprome-
tido com mudanças, uma coordenadora cheia de ideias e ideais, juízes federais dispostos a mudar a face da
Justiça Federal, servidores dedicados e abnegados serviam para alavancar trabalho tão nobre. Todos e cada um
dispostos e motivados para construção de uma nova justiça orientada nos critérios da oralidade, simplicidade,
informalidade, economia processual e celeridade e com a proposta de democratização do acesso de todos, em
especial daqueles que não poderiam arcar com os custos de ingresso e de honorários advocatícios.
Foi assim o começo. Eram escassos os recursos, mas enorme a criatividade e a vontade de fazer a diferença.
De início, apenas uma vara especializada em JEF cível, a 15ª da Bahia, sob a direção do incansável juiz federal
Itagiba Catta Preta. Logo outras vieram se juntar. Atualmente, são 163 1 Juizados, assim consideradas as varas es-
pecializadas e os JEFs adjuntos. Respondem por 71% do total de julgamentos da 1ª Região 2 e por 91% do total de
conciliações realizadas 3 . Além de dizer o direito e distribuir a justiça, os JEFs promovem a distribuição de renda e
circulação de riquezas, contribuindo para a melhoria do Índice de Desenvolvimento Humano – IDH dos municípios e
1 Até o dia 07/03/2014.
2 Estatística consolidada, ano de 2013. Fonte: Sistema Processual da 1ª Instância.
3 Estatística consolidada, ano de 2013. Fonte: Portal do Núcleo Central de Conciliação da 1ª Região.
Sumário
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