Minha primeira Revista A Cara da Cultura ANO I Edição 01 outubro/2017 | Page 21

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Ilustração da rainha Nzinga em negociações de paz com o governador português em Luanda em 1657

Para fortalecer seus propósitos aliou-se aos Jagas – ferozes guerreiros, desposando um de seus líderes. Sucedem-se várias batalhas entre Nzinga e Portugal, que fez duas de suas irmãs prisioneiras.

A Rainha Ginga passa a utilizar as técnicas de combate e acampamento militar dos Jagas, que se organizavam em Kilombos ou Quilombos, sempre perto de um pricnipicio.

Em 1657, após assinatura de novo tratado de paz, o governador de Angola liberta D Barbara que ainda se encontrava cativa.

“É uma das figuras mais fascinantes da história africana.

“Era uma mulher de poder, uma mulher livre, uma grande heroína africana”, resumiu o historiador e editor francês Michel Chandeigne – autor do livro “N’Jinga, Rainha de Angola”

A Rainha Ginga é considerada a mulher mais famosa da África.

“Ao contrário do que se passou no Congo, onde a Igreja local estava nas,

mãos da elite do país e onde a população abraçou por sua vontade o cristianismo, em Angola a adesão à nova fé foi reticente e forçada”, escrevem no prefácio ao livro “N’Jinga, Rainha de Angola” Linda Heywood e John K. Thornton, dois dos maiores especialistas do período abrangido pela vida de Ginga

Nzinga desenvolve um sistema econômico que não dependia do trafico de escravos, o que era comum na região. Morreu aos 80 anos. No Brasil o nome da Rainha Ginga é referência na Festa de Reis dos Negros do Rosário, Congadas, entre outras..

No alto das pedras de Pongo Andongo, Nzinga montou seu acampamento militar.

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