Minha primeira publicação Um | Page 6

05

Com a descoberta da democracia, a mulher foi caminhando para a exigência de uma maior produção, orientada para as necessidades do cotidiano. Colaborar na sobrevivência da família passou a ser uma exigência estimulante, que trouxe ao trabalho feminino, em todas as suas variantes, o condicionalismo da obrigação. As mulheres de menor poder económico passam a exercer ativamente uma profissão fora da casa. O mercado anima-se com a presença de vendedoras de produtos variados, conhecidas pela energia e por uma agressividade temível, como: hortaliceiras, padeiras, floristas, taberneiras ou estalajadeiras, e, assim as mulheres vão penetrando, pela necessidade, no mundo dos negócios e do exterior, tradicionalmente masculino.

A hierarquia se encontra nas grandes damas que habitam as cortes em que o mundo grego, vivem rodeadas de servas, a quem cabe a execução do que podemos considerar o trabalho. As servas são inúmeras, exercendo papéis como o de acompanhar as deambulações da senhora pelos vários espaços do palácio, produção de tecidos, moer o grão, serviço de mesa e serviço de casa. Um exemplo de trabalho das servas é que assim que os convidados chegam na casa, é oferecido um banho encarregado por mãos femininas ou é lavado os pés do recém-chegado, em seguida, as servas conduzem então os senhores ou os hóspedes ao repouso confortável dos leitos. Além disso, as amas que se trata de mulheres idosas há muito tempo ao serviço dos mesmos senhores, a quem o tempo e a lealdade sempre indesmentida dão prerrogativas especiais no acesso à intimidade da casa e poder na gestão doméstica

Na sociedade ateniense, as mulheres estavam destinadas apenas a uma função cívica: reprodução. Após gerar o filho, seu papel dentro da sociedade estava terminado, pois ela não possuía paidéia para transmitir qualquer tipo de conhecimento.