A criação de uma seleção apenas com atletas transexuais é a solução?
ARTIGO DE OPINIÃO REDIGIDO POR BEATRIZ KANANDA
Muito se é discutido a respeito da criação de uma seleção feminina apenas com atletas transexuais atualmente. Tanto pela falta de apropriamento do assunto por parte de muitos, tanto pela falta de uma resposta precisa da ciência que demostre conclusivamente que não há vantagem na performance dos atletas transexuais que
passaram pela puberdade masculina.
Observando os jogos da liga de vôlei, observamos que Tiffany, apesar de ser uma ótima jogadora, não é a mais forte nem mesmo a mais rápida da liga. Não é todo transexual que quer tornar-se um atleta. Criar uma seleção apenas com esses atletas seria algo utópico, sendo o Brasil, hoje, o país que mais mata transgêneros no mundo. Segundo Willy Montmann, o que o vôlei está fazendo é incluir os transexuais e jogar como mulher na liga feminina é romper barreiras e mostrar que é possível trabalhar com dignidade.
Um dos principais objetivos do esporte é a inclusão. Separar esses atletas em outros times não é a melhor maneira de inclusão, tanto pelo fato desses atletas sofrerem a todo momento preconceito tanto por respeito a maneira que eles enxergam-se. Portanto, se esses atletas cumprem todos os requisitos exigidos pelo COI e pela federação internacional de vôlei (FIVB), é aceitável sua participação no time referente ao seu sexo .É preciso respeitar e entender que os atletas passam por diversas etapas até conseguirem ingressar no time, o preconceito só dificulta sua jornada.