Minha primeira publicação Transexualidade no meio esportivo | Page 17

A entidade pede que mulheres trans se declarem do gênero feminino (reconhecimento civil) e tenham nível de testosterona inferior a 10 nmol/L por pelo menos 12 meses antes da estreia em competições femininas. Tifanny nasceu Rodrigo e jogou em competições masculinas de vôlei até os 29 anos, quando iniciou a transição de gênero. Aos 31 anos, começou a jogar em ligas femininas na Itália, já dentro

dos padrões recomendados pelo COI. Hoje ela tem 33 anos. Seu corpo mudou com o tratamento hormonal, mas ainda não há estudos que quantifiquem o tamanho dessa mudança em parâmetros internacionais, o quanto crescer sob efeito da testosterona dá uma vantagem pregressa à jogadora. Seria essa vantagem uma injustiça?

Apesar de ser uma questão nova aos olhos de muitos brasileiros, o COI está atento às questões de identidade de gênero há alguns anos e acompanha os estudos científicos no tema. A entidade deve atualizar neste ano seu guia de diretrizes para a participação de mulheres trans em competições femininas. Joanna Harper, americana líder em pesquisas sobre a presença de atletas trans em esportes de alto rendimento, consultora do COI e também mulher trans, acredita que as alterações não devem impedir a jogadora do Bauru de disputar competições.

- Fiz parte do comitê que sugeriu que o COI reduzisse o nível máximo de testosterona permitido de 10 nmol/L para 5. Nós não fizemos nenhuma outra recomendação significante. Ficaria muito surpresa se o COI fizesse mudanças além daquelas que nosso comitê recomendou. E é extremamente improvável que o COI faça qualquer mudança que impeça Tifanny de jogar - afirmou a pesquisadora, lembrando que o nível de testosterona de Tifanny é de 0,2 nmol/L, inferior aos valores de mulheres cisgêneras (entre 0,21 e 2,98 nmol/L).

E quanto aos homens trans?

https://observatorioracialfutebol.com.br/homens-trans-sofrem-transfobia-diferente-das-mulheres-trans-no-esporte-afirma-leonardo-pecanha/

Confira no link abaixo o que Leonardo, professor de educação física, especialista em gênero e sexualidade e mestre em ciência da atividade física tem a dizer sobre o assunto:

Leonardo Peçanha;

"Homens trans sofrem transfobia diferente das mulheres trans no esporte", afirma Leonardo Peçanha.

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