RACISMO NO BRASIL
O surgimento do racismo no Brasil começou no período colonial, quando os portugueses trouxeram os primeiros negros nos navios negreiros, para servirem de escravos nos engenhos de cana-de-açúcar, devido às dificuldades da escravização dos ameríndios, os primeiros habitantes brasileiros do qual se tem relato.
Juntamente com a motivação financeira, o tráfico negreiro foi a maior fonte de renda do período colonial, pois corpos negros foram usados como mercadorias, aonde os europeus tinham domínio sobre os corpos como objeto.
A abolição da escravidão foi um processo lento que passou por várias etapas antes de sua concretização.
Criaram-se leis com o intuito de retardar esse processo de abolição como a Lei do Ventre Livre e a Lei dos Sexagenários, aonde as leis pouco beneficiavam e representavam a população negra.
Quando finalmente foi decretada a abolição da escravatura, não se realizaram projetos de assistência ou leis para a facilitação da inclusão dos negros à sociedade, fazendo com que continuassem a ser tratados como inferiores e tendo traços de sua cultura e religião marginalizados, criando danos aos afrodescendentes até os dias atuais.
Durante o século XX, os negros brasileiros ainda enfrentaram muitas dificuldades para superarem as discriminações na sociedade em geral, contando com o mercado de trabalho. Mesmo com o reconhecimento da igualdade formalmente dita perante a lei, na prática os negros não conseguiam facilmente as mesmas oportunidades e privilégios que os brancos, principalmente na parte econômica ..
Para além disso, o racismo no Brasil continuou ocorrendo de maneira velada no meio social nas últimas décadas do século XX. Mesmo após a promulgação da Constituição de 1988, que considera o racismo como "crime inafiançável e imprescritível", ainda se liam anúncios de empregos em jornais procurando pessoas de "boa aparência", o que é na realidade, uma recusa quanto à contratação de pessoas negros.
Recentemente, o governo brasileiro tomou medidas inéditas a fim de reduzir as desigualdades sociais entre brancos e negros, tendo estabelecido um sistema de cotas para afrodescendentes e estudantes provenientes de escolas públicas nos vestibulares das universidades federais, aonde isso ainda é muito discutido e creditado por muitas pessoas que as cotas sejam algo injusto. .
QUESTÕES ESTRUTURAIS
Com o passar dos anos, a estrutura piramidal conhecida como hierarquia foi crescendo, a maioria da sociedade começou a valorizar os traços brancos por conta do embasamento histórico que foi se formando durante os anos, como a questão de desigualdade foi e está se tornando cada vez mais evidente, aonde um grupo acaba sendo mais beneficiado do que outro, com questões de oportunidades, o negro ainda é muito marginalizado por ligarem a pessoa preta como bandido, a desconfiança de certas pessoas por verem uma pessoa negra com uma condição financeira, social maior do que é esperado ou passado pela sociedade, quando duas pessoas de raças diferentes andam juntas, sempre vem o pensamento aonde o negro é inferior e o mais pobre, o negro sempre tem que se afirmar como “pessoa de bem”, sempre ter algo para provar ao contrário do que a sociedade pensa, mas isso acabou sendo um estereótipo produzido historicamente por questões raciais.