Minha primeira publicação EDIÇÃO FEVEREIRO | Page 9

09 jornal O Claustro
No caso da Academia de Coimbra , podemos afirmar que esse teste de resiliência foi passado – embora com as dificuldades extremas que apontei – pela dedicação e responsabilidade dos estudantes , professores e corpos dirigentes de toda a nossa instituição , capazes de uma adaptação célere , tentando ao máximo evitar perdas provocadas pela mudança repentina e assinalando a necessidade de voltarmos a repor a normalidade para mitigar ao máximo as perdas na formação e no bem-estar de todos os indivíduos que constituem a comunidade académica coimbrã . É com este mote que devemos encarar o futuro próximo . A necessidade de voltarmos ao normal ( não ao novo normal , mas sim ao antigo normal , aquele que salvaguarda a máxima justiça e equidade no acesso ao ensino superior ) deve ser encarada como urgente . Se é certo que o ensino superior deve estar aberto a inserção de novos instrumentos digitais no seu quotidiano pedagógico , não é menos certo que o núcleo duro da atividade letiva se deve centrar na sala de aula , onde estudantes e professores têm oportunidade de fomentar o ensino prático , baseado na experimentação , na solução de problemas e no debate intenso entre os intervenientes académicos . São estas as características de uma verdadeira academia e que nunca serão substituíveis por um ensino à distância incapaz de estimular as fundamentais relações interpessoais entre os intervenientes no ensino-aprendizagem . E será , certamente , desejo de todos nós que este possa voltar rapidamente .
Presidente da Direção Geral da Associação Académica de Coimbra