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Opinião
editorial >>
Democracia atordoada
Dados extraoficiais dão conta de que a Netflix possui 10 milhões
de assinantes no Brasil. Boa parte deve assistir séries e suas longas
temporadas, outros assinam pelos filmes e muitos devem pagar
sem utilizar. Na semana passada o documentário Democracia em
Vertigem, da Petra Costa, estreou por essa provedora de conteúdo e,
embora não divulguem números de audiência, pode ser arriscado
dizer que o interesse foi relativo.
Assim como o Brasil aprendeu a se interessar mais pelos assuntos
políticos e até acompanhar longas sessões do Congresso e até do
Supremo Tribunal Federal pela televisão, ao vivo, é quase obrigatório
dizer que esse documentário precisa ser assistido por todos, não só
os assinantes de Netflix.
Sim, muitos assistiram pela TV o impeachment da presidente Dilma
Roussef em 2016 e tudo o mais que ocorreu antes e durante sessões
em Câmara Federal e Senado, mas rever pelos olhos de uma cineasta
pode trazer um lado que não se conhecia.
A narração não é imparcial, mas independentemente do lado que
Petra apoie (que o telespectador certamente já sabe antes de assistir
ao documentário) é inegável que trata-se de uma narração compe-
tente acompanhada de imagens muito bem trabalhadas, a exemplo
dos registros feitos nas dependências internas do Palácio da Alvorada.
Em um dos momentos, pós-impeachment, a cineasta conversa com
uma mulher que trabalha na limpeza de uma escada do palácio e
que desata a falar sobre o que acha do momento político.
São muitos os pontos de vista, muitos personagens, conversas
por telefone. São duas horas de intensas articulações políticas,
prisões, interceptações telefônicas. Parece um “vale a pena ver de
novo” que por mais dolorido que seja rever é importante avaliar
de onde viemos, onde estamos e para onde acreditamos que
estamos nos dirigindo.
Sexta-feira, 28 de junho de 2019
internacional
As cidades mais caras para se viver
A capital uruguaia, Montevidéu, é a
cidade mais cara da América Latina pa-
ra se viver, segundo a 25ª Pesquisa Anu-
al de Custo de Vida, realizada pela em-
presa Mercer, que avalia cerca de 500
cidades em mais de 200 países. Monte-
vidéu ficou em 70º lugar no ranking, à
frente de capitais europeias como Ma-
dri (Espanha) e Lisboa (Portugal).
No Brasil, a cidade com maior custo
de vida é São Paulo, 86ª, que avalia vá-
rios fatores como moradia, alimenta-
ção, álcool e tabaco, cuidados pessoais
(higiene), transporte, serviços domésti-
cos, recreação e entretenimento. Ou-
tras duas cidades aparecem entre as
200 mais caras do mundo: Rio de Janei-
ro (121°) e Brasília (174°).
O estudo demonstrou que, entre as 10
cidades mais caras do mundo, oito es-
tão na Ásia. Hong Kong está no topo da
lista pelo segundo ano consecutivo, se-
guida de Tóquio (2º), Singapura (3º),
Seul (4º), Xangai (6º), Ashgabat (7º), Pe-
quim (8º) e Shenzhen (10º).
Zurique (5º) e Nova Iorque (9º) são as
duas cidades não asiáticas que apare-
cem entre as dez mais caras do mundo.
Entre as capitais europeias, Londres fi-
cou em 23º, Paris 47º e Roma 55º.
Na América Latina, Santiago (Chile)
aparece na 79ª; Lima (Peru) empatada
com o Rio de Janeiro na 121ª posição;
Buenos Aires (Argentina) em 133ª, Bo-
gotá (Colômbia) em 170ª e Assunção
(Paraguai) em 186ª. (Agência Brasil)
entreaspas >>
“Temos exemplo para dar
à Alemanha. A indústria
deles continua sendo fóssil,
em grande parte de carvão,
e a nossa não. Eles têm a
aprender muito conosco”
Presidente Jair Bolsonaro (PSL)
após declaração da chanceler
alemã, Angela Merkel, que disse
querer conversar com ele sobre o
desmatamento no Brasil
“Podia não ter acontecido,
né? Foi falta de sorte
acontecer exatamente na
hora de evento mundial e
tem repercussão mundial.
Foi um fato muito
desagradável para
todo mundo”
General Augusto Heleno, ministro-
chefe do GSI sobre militar da FAB
fragrado com cocaína na Espanha
“Não estamos construindo
qualquer coisa. Estamos
construindo um
equipamento para o
futuro e quero ver alguém
ousar e fazer as coisas
para a cidade sem deixar
nada para trás”
Rubens Furlan (PSDB),
prefeito de Barueri (foto), sobre
construção da Praça das Artes
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