Mente & Corpo - 1ª Edição | Page 18

Para ilustrar esse debate, quatro personalidades de diferentes vivências contaram sobre suas visões como mulheres e a arte de sua existência. veja ao lado:

as próprias devem fazer no decorrer de suas vidas. Essa é uma luta que se baseia em romper padrões sociais impostos por pensamentos machistas e sexistas, sendo um dos maiores desafios nos últimos tempos. Mulheres conectadas globalmente se unem por um único motivo: lutar e derrubar os paradigmas que insistem em as definir, assim como Verônica, Débora, Gabrielle e Rebecca, todas passam e já passaram por situações desagradáveis por ser mulher, mas em prol de uma luta necessária elas se engajam e busca de respeito e igualdade.

É importante destacar conquistas de mulheres que se tornaram fundamentais e essenciais nessa luta diária. Na história do Brasil, existem diversos acontecimentos que cravaram lutas para a conquista de espaços e lugares em nossa sociedade. Exemplo disso é o início do movimento feminista no país, em meados do século XX: a nadadora Ana Lenk que, em 1932 foi a primeira atleta na delegação brasileira a competir em uma olimpíada; o voto feminino permitido ainda em 32, mas se tornando efetivo e igualitário entre homens e mulheres somente em 1965; a pílula anticoncepcional em 1965; cotas políticas em 1997, que permitiram a reserva de, no mínimo, 30% de mulheres como candidatas as eleições no país; Lei Maria da Penha que, sancionada em 2006, julga crimes de violência doméstica e familiar contra mulheres.

Conquistas importantes como essas ajudam a minimizar o impacto histórico de desigualdade que o tempo insistiu em afincar entre mulheres e homens. São diversas as ações que deram um fim à tantas injustiças e separações entre nós. A valorização da figura feminina começou a ter um novo lugar em ambientes sociais, profissionais e acadêmicos. Mas o que ainda insistia e insiste vai muito além de lugares, espaços ou ambientes. A separação ainda está presente em pensamentos que permeiam entre estereótipos e lugares de fala.

separação ainda está presente em pensamentos que permeiam entre estereótipos e lugares de fala.

Afinal, como uma mulher deve viver?

Segundo a escritora, editora e ensaísta britânica Virginia Woolf: “não há barreira, fechadura ou ferrolho que possas impor à liberdade da minha mente”. Sendo assim, não há nada que possa estabelecer a representação da mulher, nem mesmo o machismo, o sexismo, o preconceito e as ideologias vazias que continuam a influenciar a mente de pessoas que tentam de todas as formas impor goela abaixo uma cultura discriminatória e segregada.

Em pesquisas realizadas através das mídias sociais, 996 mulheres foram ouvidas e responderam sobre os avanços do sexo feminino na contemporaneidade: 21% disseram que não enxergam diferenças entre elas e homens em quesitos sociais e profissionais; 70% contaram que ainda existem diferenças em diversos aspectos e que a luta por igualdade prevalesse; 9% das mulheres não souberam responder.

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