em termos de dignidade e família-pátria. Surpreendentemente, seguimos jogando fora o que julgamos inútil ou contraproducente para, no instante seguinte, descobrirmos que tudo o que desfizemos, teremos que refazer e reparar para nossa própria sobrevivência. Enfim, assusta a leviandade com que estes aventureiros do Brasil, na conta dos próprios devaneios e sonhos assombrados, remexem, sem pudor ou responsabilidade, as entranhas de uma nação inteira.
Ora, contra toda classe de irresponsabilidade política, erga-se a nação-Brasil. Não o país sem compromisso e sem conteúdo, tangido aos gritos como que fosse gado. Não o país dos favores e dos cargos de (des)confiança. Não os “arranjadinhos” desse ou daquele partido político que se apropriam do imenso patrimônio institucional brasileiro para suas desventuras. Não o país da nova moda política de líderes desinformados que acham que se podem conduzir uma pátria na velocidade dos frívolos apertos de mãos ou pela superficialidade do modelo business de alguém. Esse não é o Brasil de que precisamos, porque esse é o Brasil que passa. Ele vem e logo em seguida se desfaz. Este é o “brasil” de letra pequena, que não se entende com a civilidade e que se vê de braços com a barbárie, o mesmo que, no fim das contas, sabe jogar uma fatia imensa de seus cidadão na mais completa miséria do analfabetismo funcional, da mortalidade infantil, do mapa da fome, do ódio desmedido entre irmãos e da insensibilidade humana camuflada em números frios e medidas financistas que não representam nada. Essa é nossa versão estranha, a que não sabe tratar irmãos brasileiros como filhos de Deus, o nosso criador, dignos de gozarem plenamente dos seus direitos mais básicos. Essa é a versão de Brasil que queremos
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