sempre desiguais, adquirimos um instinto de nos escondermos do mundo e fugirmos das questões importantes. Em certo sentido, até aprendemos a nos envergonharmos de nossa história, de nossa natureza, de nosso povo, quando, no fundo, o mundo todo nos deseja. Persistimos nesse papel acanhado que recebemos da divisão internacional do trabalho e nos acostumamos a exportar commodities e matéria bruta. Mas sabemos que estamos errados e que precisamos estabelecer um sonho de Brasil para o médio e longo prazo. Não poderemos nos esconder do mundo para todo o sempre e nem conseguiremos fingir ad infinito que somos pequenos enquanto, por nossas dimensões, esbarramos em todo tipo de questão internacional. O Brasil é imenso, ponto. E enquanto permanecer obscurecido por suas próprias dúvidas, enquanto não resolver se definir soberanamente como nação possível, faltará neste mundo um país, este país que apenas vislumbramos, que tanto amamos e com o qual sempre sonhamos e com o qual continuaremos a sonhar. O mundo todo pede um sonho chamado Brasil.
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