Portanto, exista, na economia nacional, uma hierarquia apropriada de questões. Saibamos distinguir entre o supérfluo e o necessário, entre o privado e o público, entre o arbitrário e o orquestrado, entre o coordenado e o independente, entre o profundo e o óbvio. Porque a gestão de um país sob a égide da sobrevivência é, sem dúvida, mais sofisticado que a obviedade de uma realização empresarial. Por trás de cada decisão, há uma história mais complicada e também uma razão mais escondida, indecifrável aos olhos daqueles que não tenham se debruçado minimamente sobre a temática estadista. Por trás de cada escolha, há um sem-fim de pessoas que não apenas correm risco de perderem uma parte de suas rendas, mas que podem se descobrir afligidos pela completa falta de recursos para o prosseguimento mesmo da vida. Por trás de cada nova lei, há uma série de sutilezas técnicas que precisam ser postas em pauta com antecipação e em perspectiva. E é isso que precisa ser lembrado quando se põe em debate uma ideia econômica de alcance nacional: que nunca se trata de uma resposta só e que não pode ser levianamente contemporizado para fins imediatistas ou visando exclusivamente os dividendos de alguém. Muito pelo contrário, questões econômicas nacionais são questões de sobrevivência, de vida e morte, e que precisam, portanto, ser tratadas com a máxima sobriedade, responsabilidade, profissionalismo.
No mais alto nível, há de se considerar o que seja estruturante. Não apenas as bases de infraestrutura que perpassam todo o sistema produtivo, mas também estas bases. Não apenas as vocações produtivas de grupos e regiões, mas também estas
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