Manifesto e Programa SOBERANO Manifesto e Programa SOBERANO | Page 21

lidar, na melhor das hipóteses, com os caprichos da sorte, mas também com os mandos de outros povos, estes sim conscientes do papel que uma cultura tem na determinação dos povos e no jogo das nações. Portanto, promover uma cultura soberana significa gerenciar o patrimônio cultural de um povo e, ostensivamente, interver em seu curso de modo a projetar um futuro digno para sua população.

De forma genérica, cultura e soberania chegam a se confundir. Quer dizer, desde que se criou o conceito de nação, tem sido feito um esforço em se registrar e consolidar um arcabouço comum de práticas e conhecimentos que convertam um grupo difuso de pessoas diferentes num único povo. Além disso, os símbolos nacionais como bandeiras, hinos, brasões, etc., são todas formas de influenciar positivamente o futuro deste ou daquele povo, não apenas unindo os cidadãos numa cruzada de autodeterminação e sonho compartilhado, mas, principalmente, buscando elementos positivos do território, das raças, das crenças, enfim, que sirvam de âncora para o projeto de país. Então, o típico de uma nação é correr com seus símbolos, sua literatura, sua história, etc., no sentido de descobrir o que é comum e, a partir dessa base, definir os desafios de reforço e transformação que levarão todos a um futuro magnífico, enquanto o realmente atípico é deixar que tudo se dê de forma aleatória, quando não mandada a partir dos interesses nacionais de outrem. Resumindo, precisamos urgentemente renovar nossos símbolos nacionais, não apenas no sentido de reconhecer o que nos é comum, mas também fortalecendo aquilo que queremos e relegando o que já não nos convém.

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