lidar, na melhor das hipóteses, com os caprichos da sorte, mas também com os mandos de outros povos, estes sim conscientes do papel que uma cultura tem na determinação dos povos e no jogo das nações. Portanto, promover uma cultura soberana significa gerenciar o patrimônio cultural de um povo e, ostensivamente, interver em seu curso de modo a projetar um futuro digno para sua população.
De forma genérica, cultura e soberania chegam a se confundir. Quer dizer, desde que se criou o conceito de nação, tem sido feito um esforço em se registrar e consolidar um arcabouço comum de práticas e conhecimentos que convertam um grupo difuso de pessoas diferentes num único povo. Além disso, os símbolos nacionais como bandeiras, hinos, brasões, etc., são todas formas de influenciar positivamente o futuro deste ou daquele povo, não apenas unindo os cidadãos numa cruzada de autodeterminação e sonho compartilhado, mas, principalmente, buscando elementos positivos do território, das raças, das crenças, enfim, que sirvam de âncora para o projeto de país. Então, o típico de uma nação é correr com seus símbolos, sua literatura, sua história, etc., no sentido de descobrir o que é comum e, a partir dessa base, definir os desafios de reforço e transformação que levarão todos a um futuro magnífico, enquanto o realmente atípico é deixar que tudo se dê de forma aleatória, quando não mandada a partir dos interesses nacionais de outrem. Resumindo, precisamos urgentemente renovar nossos símbolos nacionais, não apenas no sentido de reconhecer o que nos é comum, mas também fortalecendo aquilo que queremos e relegando o que já não nos convém.
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