MALÁRIA MALÁRIA descrição da doença e medidas preventivas | Page 3

31 DE JULHO DE 2018 INSTITUTO IPEDSS/PE Damasceno, 1942; An. (Nys.) janconnae Wilkerson & Sallum, 2009; An. (Nys.) albitarsis s. s. Rosa-Freitas & Deane, 1989; An.(Nys.) deaneorum Rosa-Freitas, 1989; espécies do complexo An. (Nys.) oswaldoi; An. (Kerteszia) cruziiDyar & Knab, 1908; An.(K.) bellatorDyar & Knab, 1906 e An. (K.) homunculusKomp, 1937. Os vetores da malária são popularmente conhecidos por “carapanã”, “muriçoca”, “sovela”, “mosquito-prego” e “bicuda”. An. darlingi é o principal vetor de malária no Brasil, cujo comportamento éaltamente antropofílico e endofágico (entre as espécies brasileiras, é a mais encontrada picando no interior e nas proximidades das residências), encontrado em altas densidades e com ampla distribuição no território nacional, exceto no sertão nordestino, no Rio Grande do Sul e nas áreas com altitude acima de 1.000 metros. É capaz de manter a transmissão mesmo quando em baixa densidade populacional de mosquitos. Esta espécie cria-se, normalmente, em águas de baixo fluxo, profundas, límpidas, sombreadas e com pouco aporte de matéria orgânica e sais. Entretanto, em situações de alta densidade, o An. darlingi acaba ocupando vários outros tipos de criadouro, incluindo pequenas coleções hídricas e criadouros temporários. Outras espécies também têm importância epidemiológica no Brasil, mas em menor escala ou em regiões geográficas menos abrangentes. Do complexo albitarsis,apenas An. deaneorum, An. marajoara e An. janconnae já foram incriminadas como vetoras de Plasmodium. As formas imaturas deste complexo de espécies são encontradas tanto em criadouros temporários quanto permanentes. An. aquasalis é uma espécie cujas formas imaturas são geralmente encontradas em criadouros ensolarados, permanentes, semipermanentes ou temporários, e com água salobra, características que influenciam fortemente sua distribuição, sendo encontrada, em geral, mais próximo de regiões litorâneas, apesar de existirem alguns registros de criadouros mais distantes da faixa costeira, mas ainda com teor salino. A espécie é encontrada em grande parte da Costa Atlântica sul-americana, sendo seu limite sul o estado de São Paulo. A importância desta espécie como vetora é, aparentemente, relacionada a situações de alta densidade. Nas regiões de Mata Atlântica, os anofelinos do subgênero Kerteszia podem ser responsáveis por surtos ocasionais de malária. Essas espécies têm, como criadouros, plantas que acumulam água (fitotelmatas), como as bromélias, muito comuns nessa região. Os hábitos das espécies de anofelinos podem variar muito em regiões diferentes e ao longo do ano. Assim, estudos para verificar o horário de atividade e comportamento dos anofelinos servem como linha de base 3