MAC N.º 1 - O Guerreiro | Page 19

- MAC - O Guerreiro - 1ª Edição Literatura Ensaio Númer’1 A alma e o corpo são um todo separável. O corpo é uma coisa, a alma é outra. No entanto, conjuntamente com a mente formam um todo, uno. “A primeira [perspectiva] é garantida pela razão e a segunda um dado indubitável da experiência interior.” Ou seja, para mim, assim como para Descartes, tanto Platão quanto Aristóteles tinham razão. “Só uma união como a que Aristóteles imaginou, onde a alma e o corpo formam um todo, é susceptível de justificar o facto de a alma ser o lugar das ideias. (…) A distinção real e a união substancial do corpo e da alma são efectivamente duas teses opostas, e não obstante não se pode afastar nem uma nem a outra, pois a primeira é garantida pela razão e a segunda é um dado indubitável da experiência interior, e como tal garantida por Deus.”1 Depois de constatar estes factos teóricos, a questão que surgiu foi: E a mente, será ela a ponte entre a alma e o corpo, criando assim um ciclo infindável na troca de “informações”? Através do corpo, mais propriamente dos sentidos, percepcionamos o mundo à nossa volta. Por outro lado, através da mente também obtemos informação, ainda que ‘interna’. Já a bíblia afirmava que é na alma que se encontram as ideias inatas que fazem de nós humanos. Assim como a formiga e mesmo as árvores nascem com determinadas ideias/directrizes. 1 – “História da Filosofia” sob a direcção de Jean-François Pradeau – D.Quixote 19