- MAC - O Guerreiro - 1ª Edição
Literatura
Partilham sonhos,
Encaixados no real.
Abrem portas,
Comentam as traves.
O impossível não tem espaço,
Porque não existe,
Mas a consciência do real permanece,
Como objecto a ser mudado.
E é então que,
Soberbamente,
Tudo encaixa de novo.
Da união
Metafísica
De mentes
Surgem lupas
Que mostram pormenores
Diferentes
E essenciais ao enigma do Momento.
Ao fim de algumas horas, o sono começa a conquistar os corações ermitas. Nessa
noite, todos eles se dirigem repletos para o mundo dos sonhos.
- Honu! Honu! – Grita o Coala, fazendo-a acordar sobressaltada.
Senta-se sem sequer se aperceber e o que vê deix a-a congelada por completo. Devia ter
acordado noutro mundo surreal. Isto não podia estar a acontecer, não na realidade
inalterável.
Ergue-se de um salto e dirige -se ao interruptor mais próximo, que para seu desespero
funciona.
Com os olhos repletos de lágrimas, dirige -se a Ahddub, que se encontrava deitado no
meio dos seus amigos. Toca-lhe na bochecha tão branca e gelada quanto a neve, beija -lhe
a testa e, sem que ninguém a conseguisse impedir, corre para fora da casa.
Usando a dor insuportável como combustível, corre pelo bosque já iluminado (apesar de
lhe parecer mais negro e tenebroso que nunca) e só pára quando chega ao altíssimo cabo.
O seu corpo finalmente está na mesma condição que a sua mente, à beira de um
precipício. Deixa-se inebriar pela adrenalina das vertigens – esse medo de cair, misturado
com a curiosidade de o fazer – de forma a manter a mente silenciosa.
Quando o efeito começa a desaparecer, senta-se acompanhada pelo vazio, pela
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