Loucura Loucura 2018.2 | Page 7

LOUcura ssa edição é calei- doscópica, caquinhos coloridos formam um espec- tro especial. Vasculhamos as gavetas de uma inteligência complexa para entender por- que o Outro não concebe a diferença como normal. Nes- se momento em que a arte vem sendo criminalizada ou mal interpretada, exercita- mos nossa ironia, nosso ati- vismo, nosso senso de humor, atribuindo novos significados para aquilo que o mundo considera insano. Eros e Psique: o esotérico paradoxal. Esse poema é coisa de “gente grande”. Só mesmo o Fernan- do Pessoa para escrevê-lo, a lenda em questão “abre nos- sa cabeça” para um exercí- cio de imaginação. A loucura por trás dessa seção fica por conta do devaneio de cada universo particular. Já o pato ai ai ai, os mais espertos es- tenderam a homenagem ao Vladimir Begitchev. Vida Louca Vida: uma festa de arromba! Os convidados para essa fes- ta são os mais excêntricos e, por isso mesmo, absolu- tamente fascinantes. Imagi- nem a gloria de quem jantou na casa do Salvador Dalí com cobras, perus, cisnes, an- dando/rastejando vivos pela imensa mesa. E o unforgetta- ble moment da Rita Lee ho- menageando Nossa Senhora em um de seus shows, loucu- ra foi acompanhar ela sendo excomungada da igreja logo depois. O Van Gogh entrou na moda, mas ele nunca havia saído. Só agora entenderam (ou não?) suas nuances, seu encantos/desencantos. Batekoo: tem que ver! Tem que saber! Convidamos o talentosíssimo fotógrafo Lucas Raion que registrou a ferveção que rola solta nas noites de Batekoo, quem vive trancado em “gaio- las conformistas” não sabem o que estão perdendo. Liber- dade é pouco. O que aconte- ce lá ainda não tem nome. O ouro é nosso: é? Há bancas de frutas que dis- param o nosso coração, mas enlouqueceríamos se parás- semos para pensar nos méto- dos de produção. Ironizamos o antagonismo entre a apa- rência exuberante das frutas e o uso de pesticidas/herbi- cidas. Essa pungência pode- ria ser de plástico ou isopor. D’or: a perversão habita no LOUcura 06 proibido. Convidamos os Mamilos Pra- teados para elucidar a loucu- ra que a proibição do obvio promove. Os mamilos censu- rados em mídias como o ins- taram ganham nesse projeto a liberdade que habita na sa- nidade. Sence no Sence: que país é esse? Um país tropical! Abenço- ado por Deus e bonito por natureza. Por isso achamos (como muita graça, é claro!) um absurdo esses góticos dos trópicos. Muito sol pra tanto preto. Resultado? Confuso, obtuso, mas sem dúvidas di- vertidíssimas. Sozinha com sua alma. Corre-Corre/Diz-que-diz. Ca- lor de matar. Um milhão de malas abarrotadas e pesa- díssimas com roupas, obje- tos cênicos, equipamentos. O destino? Os confins de Ji- ribatuba BA. Nossa estrela? Flavia Mascarenhas. Ela. E somente ela. Atuou no curta- -metragem Réquiem. O enre- do foi inspirado no miniconto “Sozinha com sua alma” do Thomas Bailey Aldrich. Você confere aqui as fotos da gra- vação. AEON