LOUcura
ssa edição é calei-
doscópica, caquinhos
coloridos formam um espec-
tro especial. Vasculhamos as
gavetas de uma inteligência
complexa para entender por-
que o Outro não concebe a
diferença como normal. Nes-
se momento em que a arte
vem sendo criminalizada ou
mal interpretada, exercita-
mos nossa ironia, nosso ati-
vismo, nosso senso de humor,
atribuindo novos significados
para aquilo que o mundo
considera insano.
Eros e Psique: o esotérico
paradoxal.
Esse poema é coisa de “gente
grande”. Só mesmo o Fernan-
do Pessoa para escrevê-lo, a
lenda em questão “abre nos-
sa cabeça” para um exercí-
cio de imaginação. A loucura
por trás dessa seção fica por
conta do devaneio de cada
universo particular. Já o pato
ai ai ai, os mais espertos es-
tenderam a homenagem ao
Vladimir Begitchev.
Vida Louca Vida: uma festa
de arromba!
Os convidados para essa fes-
ta são os mais excêntricos
e, por isso mesmo, absolu-
tamente fascinantes. Imagi-
nem a gloria de quem jantou
na casa do Salvador Dalí com
cobras, perus, cisnes, an-
dando/rastejando vivos pela
imensa mesa. E o unforgetta-
ble moment da Rita Lee ho-
menageando Nossa Senhora
em um de seus shows, loucu-
ra foi acompanhar ela sendo
excomungada da igreja logo
depois. O Van Gogh entrou na
moda, mas ele nunca havia
saído. Só agora entenderam
(ou não?) suas nuances, seu
encantos/desencantos.
Batekoo: tem que ver! Tem
que saber!
Convidamos o talentosíssimo
fotógrafo Lucas Raion que
registrou a ferveção que rola
solta nas noites de Batekoo,
quem vive trancado em “gaio-
las conformistas” não sabem
o que estão perdendo. Liber-
dade é pouco. O que aconte-
ce lá ainda não tem nome.
O ouro é nosso: é?
Há bancas de frutas que dis-
param o nosso coração, mas
enlouqueceríamos se parás-
semos para pensar nos méto-
dos de produção. Ironizamos
o antagonismo entre a apa-
rência exuberante das frutas
e o uso de pesticidas/herbi-
cidas. Essa pungência pode-
ria ser de plástico ou isopor.
D’or: a perversão habita no
LOUcura
06
proibido.
Convidamos os Mamilos Pra-
teados para elucidar a loucu-
ra que a proibição do obvio
promove. Os mamilos censu-
rados em mídias como o ins-
taram ganham nesse projeto
a liberdade que habita na sa-
nidade.
Sence no Sence: que país é
esse?
Um país tropical! Abenço-
ado por Deus e bonito por
natureza. Por isso achamos
(como muita graça, é claro!)
um absurdo esses góticos dos
trópicos. Muito sol pra tanto
preto. Resultado? Confuso,
obtuso, mas sem dúvidas di-
vertidíssimas.
Sozinha com sua alma.
Corre-Corre/Diz-que-diz. Ca-
lor de matar. Um milhão de
malas abarrotadas e pesa-
díssimas com roupas, obje-
tos cênicos, equipamentos.
O destino? Os confins de Ji-
ribatuba BA. Nossa estrela?
Flavia Mascarenhas. Ela. E
somente ela. Atuou no curta-
-metragem Réquiem. O enre-
do foi inspirado no miniconto
“Sozinha com sua alma” do
Thomas Bailey Aldrich. Você
confere aqui as fotos da gra-
vação.
AEON