Livros Titanic o navio dos sonhos | Page 13

John Harper desaparecer, lentamente, de vista. Gradualmente, o trem começou a ganhar velocidade e logo, para Nana, parecia que estavam quase voando através dos barrancos e sobre as pontes. Passaram pela periferia de Londres, onde a estrada de ferro estava cercada pelos jardins das casas vitorianas. Os jardins começavam a voltar à vida sob o sol da primavera. Nana, maravilhada, via as árvores que começavam a brotar, passarem voando ao lado da janela do vagão, no meio das moitas de narcisos e prímulas. As flores, com seus tons de amarelo vivo, embelezavam a grama verde dos barrancos ao lado da estrada de ferro. “Tem trem na América também?” Nana perguntou ao seu pai, inocentemente. “Imagina, minha querida”, a senhora respondeu, rindo alto, feliz pela oportunidade de mudar o assunto da conversa. “Lá existem trens dez vezes maiores e dez vezes mais rápidos do que os da Inglaterra!” “Mesmo, de verdade?” Nana replicou voltando o olhar da janela para o rosto sorridente da senhora. “Eles quase sempre são maiores e talvez um pouco mais rápidos, mas dez vezes mais é um exagero”, o pai de Nana interrompeu. “A senhora não concordaria comigo?” disse com um sorriso meio brincalhão. A mulher, um pouco desconfortável, se mexeu na poltrona, “Talvez seja, mas são bem mais confortáveis!” “Aí sim”, o pai de Nana riu, “tenho que concordar. Eles com certeza são muito mais confortáveis do que a maioria dos trens em que já andei aqui na Grã-Bretanha.” “Já que estamos conversando”, a senhora sugeriu, “acho que é hora de nos apresentarmos devidamente. Meu nome é Margaret Smithers.” “Tenho muito prazer em conhecê-la, senhora Smithers. Meu nome é John Harper e esta é minha filha, Annie Jessie, 11