Capítulo 2
25
Louvor que foi oferecido
Antes de analisar a canção de Ana, no capítulo 2, várias
considerações gerais precisam ser feitas. Canções de louvor
nas Escrituras vêm mais frequentemente dos lábios de
mulheres do que de homens. Houve as canções de Miriã e de
Débora antes desta. Haverá as canções de Isabel e de Maria, em
Lucas 1. As mulheres, mais em sintonia com o lado emocional
da vida, tinham o costume de expressar a sua adoração em
canção. Foram as mulheres que cantaram no Mar Vermelho,
celebrando o triunfo de Jeová (Êxodo 15).
Observe, também, que esta não foi uma canção sobre ela mesma
ou seu triunfo sobre uma rival. Isso não foi uma justificação ou
regozijo hipócrita. Dos dez versos que constituem a música,
há um sobre si mesma e nove sobre o Senhor. Ela não estava
ocupada com o presente (Samuel); ela estava ocupada com o
presenteador (o Senhor).
Tome nota, em seguida, no cântico dela:
Apreciação da bondade de Deus:
É possível que a frase final do versículo 1: "Porquanto me alegro
na tua salvação" seja a base para toda a canção. Ao contrário de
Sara e Agar, ela não tinha tomado as coisas em suas próprias
mãos. Ao contrário de Lia e Raquel, sua esterilidade não a
levou à amargura e frustração com o marido (Gênesis 30:1).
Ela tinha deixado a "salvação" das circunstâncias nas mãos do
Senhor, por meio da oração. Ele respondeu e a abençoou.
Assim, Deus era a fonte de sua alegria: "O meu coração exulta
no SENHOR". Sara conhecia apenas tristeza em sua ideia de
dar Agar a Abraão. Ana conhecia apenas alegria. Há uma
enorme alegria e satisfação em ver Deus trabalhar em resposta
à oração, quando todos os caminhos humanos estão secos.
Ela louvou a Deus por seu sucesso: "o meu poder está exaltado
no SENHOR". Deus a fez prosperar ao responder a sua oração.
Deus aumentou o tamanho da sua alegria: "A minha boca se
dilatou sobre os meus inimigos". Essa não é uma referência a