Livros Samuel | Page 19

Capítulo 2 19 fim de um caminho de fraqueza e acomodação contínuas. A repreensão de Eli nos lembra de uma tendência humana. Quando Paulo escreveu aos coríntios, ele teve de admoestá- los por julgarem-no (I Coríntios 4); mas enquanto eles estavam julgando Paulo, falharam em julgar o pecado no meio deles (capítulo 5) ou em julgar e mediar a dificuldade entre dois irmãos (capítulo 6). Eles estavam julgando aquilo que não deveriam julgar e falhando em julgar o que deveria ter sido julgado. Às vezes, na nossa incapacidade de lidar com um problema, exageramos ao lidar com o outro, para acalmar nossa consciência devido à nossa inércia. Talvez Eli, ao falhar em julgar seus próprios filhos, sentia algum alívio em sua consciência ao julgar a suposta embriaguez de uma mulher no recinto do tabernáculo. A resposta de Ana Talvez não haja nada mais difícil de suportar do que críticas injustas. Quando a crítica vem ao fazer a obra do Senhor ou em exercícios espirituais, torna-se uma provação ainda maior. Mas quando surge daqueles em posição de autoridade, que supostamente são espirituais, pode haver uma grande tentação de auto-defesa. A resposta de Ana é apropriada e espiritual: "Não, senhor meu, eu sou uma mulher atribulada de espírito; nem vinho nem bebida forte tenho bebido; porém tenho derramado a minha alma perante o SENHOR. Não tenhas, pois, a tua serva por filha de Belial; porque da multidão dos meus cuidados e do meu desgosto tenho falado até agora" (1:15, 16). Nenhuma palavra de repreensão, nem sombra de raiva ou indício de amargura marcaram suas palavras. Ela fala com ele como alguém digno de respeito, quando ela se dirige a ele como "meu senhor". Ela explica, mas não discute suas circunstâncias e seu fardo. E ela tomou o lugar de uma "serva" humilde do Senhor. A mãe de Davi também é mencionada como uma serva (Salmos 86:16), e Maria se chamou serva do Senhor também