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Samuel: Profeta e Ungidor de Reis
afeições divididas da nação. Deus tinha sido colocado ao lado
dos "deuses estranhos e os astarotes" (7:3). Penina pode ter
intensificado sua provocação por ciúmes, consciente de que
Elcana amava a Ana mais do que ele a amava. Assim como
a frutífera Agar humilhava a estéril Sara, e a estéril Raquel
invejava a frutífera Lia, a atitude hipócrita e superior de
Penina teria tentado desanimar Ana. Enquanto Penina tinha
filhos, nunca lemos sobre essas crianças, seus nomes ou suas
proezas!
Para crédito de Ana, e como um reflexo de sua espiritualidade,
ela não protestava; e não parece que ela sequer tenha reclamado
para seu marido. Ela levou tudo ao Senhor. Quando ela levou
sua tristeza ao Senhor, tudo estava prestes a mudar.
As insinuações de Penina e a incapacidade de Elcana de
entender a sua dor devem ter sido fardos enormes para Ana
carregar na casa em Ramá. A vida doméstica não era uma
vida feliz para ela.
Somos lembrados de que Deus permite certas circunstâncias,
às vezes árduas, para o desenvolvimento do caráter espiritual
e em preparação para a utilidade futura. Lia conhecia a
tristeza de não ser amada. No nascimento de cada um de seus
três primeiros filhos, houve o desejo recorrente de que, com o
nascimento de cada filho, seu marido finalmente se uniria a
ela em amor (Gênesis 29:34). Com o nascimento de Judá, ela
parece ter se colocado acima das circunstâncias angustiantes
de sua vida e, ao nomeá-lo, parece ter mostrado que ela não
permitiria que nada impedisse sua adoração a Deus.
Talvez alguém esteja lendo estas palavras e também esteja
passando por circunstâncias difíceis e negativas. O porquê
nem sempre é fácil de discernir; mas como Ana, Lia e uma
miríade de outras mulheres e homens de Deus, você pode
colocar-se acima de suas circunstâncias e adorar a Deus.
A esperança que preencheu Ana
Ela estava à procura de algo que ia além de um filho. Embora
não seja mencionado, o fardo de sua oração indicaria que