Livros Samuel | Page 11

Introdução 11 como um homem maduro, capaz de chamar a nação ao arrependimento e conduzi-la à vitória contra os filisteus. Dessa forma, temos a certeza de que os "anos de silêncio", como aqueles do Profeta Maior que veio 1.000 anos mais tarde, foram anos de comunhão com Deus. Vamos observar enquanto ele toma o vaso de azeite e unge Davi. Será que ele percebeu a honra que lhe foi conferida? Será que ele percebeu o salto quântico que os propósitos divinos estavam realizando ao separar Davi e, consequentemente, a semente de Davi, para o trono? Será que ele estava consciente de que naquele ato singular de ungir o "menor" da casa de Jessé, estava-se prefigurando o "Maior" que reinaria na casa de Deus? Não temos ideia do alcance de sua percepção, mas com retrospectiva na eternidade certamente ele irá alegrar-se com o privilégio que Deus lhe proporcionou. Samuel foi o "fazedor de reis" de uma forma muito real. O termo foi originalmente aplicado a Ricardo Neville, 16º Conde de Warwick, como "Warwick, o Fazedor de Reis" durante a Guerra das Rosas. Seu uso mais antigo documentado foi em 1595. Porém, mais de dois milênios e meio atrás, Samuel teve o privilégio de ser um grande fazedor de reis! Podemos testemunhar também o fim de sua vida, e observar com grande admiração e estima como ele poderia estar diante da nação e contar como o conheciam desde a infância; no entanto, ninguém poderia apontar um dedo acusador para ele. Ele viveu uma vida pública irrepreensível. Que honra e testemunho! Quem não gostaria de chegar ao final da jornada da vida e do serviço dessa forma? Quando? É útil considerar o contexto da época antes de se aventurar pela história em si. Foram os dias notórios dos juízes, dias em que os homens faziam tudo o que achavam justo aos seus próprios olhos. Se precisássemos de uma justificativa para ver a relevância da história de Samuel nos nossos dias, essa seria uma boa razão. Mas onde exatamente I e II Samuel se