O Problema da Culpa
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A culpa se foi. No versículo 2 está a lembrança da culpa,
e no versículo 22 está o fim da lembrança da culpa. Algo
aconteceu no meio disso para que não haja mais consciência
de pecado. O que foi? Perceba que o autor diz que Cristo
fez um sacrifício voluntário: “holocaustos e oblações pelo
pecado não te agradaram. Então, disse: Eis aqui venho... para
fazer, ó Deus, a tua vontade. Eis aqui venho, para fazer, ó Deus,
a tua vontade” (v.6-7, 9). Aqui Cristo está contrastado com
os sacrifícios de animais do Velho Testamento. O sangue
dos animais tinha valor limitado. Mas, quando Cristo veio
como o Filho do Deus infinito para dar a Si mesmo como
sacrifício pelo pecado, Seu sacrifício foi de valor infinito.
Além disso, cada animal sacrificado no Velho Testamento
foi um sacrifício involuntário, pois ia ao altar do sacrifício
contra a sua vontade. Um cordeiro ou um bode podem
sentir a presença da morte ou o cheiro do sangue e irão
instintivamente se virar e fugir do local onde o sangue
foi derramado. Sua lei disse que o sacrifício tinha de ser
amarrado com cordas nas pontas do altar porque era um
sacrifício involuntário. Aquele que era sacrificado contra
a sua vontade tinha pouco valor na visão de Deus. Mas,
quando Jesus Cristo veio como o Cordeiro de Deus, Ele foi
diferente de todos os sacrifícios do Velho Testamento. Ele
foi um sacrifício voluntário. Ele disse: “Não se faça a minha
vontade, mas a tua.”(Lucas 22:42) Esse é o primeiro fato que
dá ao pecador culpado uma consciência limpa.
O sacrifício de Cristo foi um sacrifício suficiente. “Mas este,
havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, está
assentado para sempre à destra de Deus.” (v.12) Perceba o
sacrifício único de Cristo em contraste com os milhares de
sacrifícios do Velho Testamento. Até mesmo o sangue do
bode no Dia da Expiação podia beneficiar por apenas doze
meses. Mas Cristo, cujo sangue valeu para sempre, deu um
sacrifício suficiente pelos pecados.
Então, o apóstolo mostra que, por meio desse sacrifício de
boa vontade, somos santificados pela oferta do corpo de
Cristo de uma vez por todas (v.10). Somos santificados –