NA ESCOLA DE CRISTO
tantos que já possuem? Por que tantas crianças acabam por decepcionar
seus pais? Além disso, por que algumas mulheres nutrem ciúmes tão
doentios e destrutivos e alguns homens são tão egoístas, agressivos e
infiéis?
Mais cedo ou mais tarde, as nossas experiências frustrantes e amargas
(diante de comportamentos humanos horríveis que destroem aquilo
que poderia ter sido alegre e bonito) gerarão questionamentos em
nossas cabeças. Por que a vida não é bonita e alegre em toda sua
plenitude? Por que alguns de nós acabamos por machucar mesmo
aqueles que mais amamos? O que há de errado com nosso mundo e
com nossos homens e mulheres? Existe, afinal de contas, como a Bíblia
descreve, um outro mundo no qual tudo o que habita é belo e horror
algum é permitido entrar para estragar? Se sim, é realista esperar um
dia habitar tal lugar? Ou isso é somente um conto de fadas infantil,
um mundo de fantasia cujas ilusões encorajam pessoas a suportar as
injustiças da vida em vez de lutar para eliminá-las? Se for este o caso,
nós certamente deveríamos livrar-nos destas ilusões e concentrarmo-
nos em como mudar o comportamento das pessoas e fazer do mundo
um lugar mais bonito e alegre. Entretanto, como fazer isso? A Bíblia diz
que existe um poder disponível para transformar-nos, de forma que
possamos viver uma vida boa e alegre neste mundo, e não somente no
paraíso. Seria isso verdade? Se sim, como isso funcionaria?
Em relação a isso, seria interessante ouvir dos primeiros seguidores de
Jesus Cristo o que os atraiu até Ele. Pedro, o pescador galileu que se
tornaria o apóstolo Pedro, por exemplo, era um homem durão, forte,
prático e acostumado à dificuldade de ganhar a vida com a pesca nas
águas muitas vezes perigosas do mar de Tiberíades. Ele não era, como
podemos presumir, um homem muito dado ao sentimentalismo ou
à religiosidade. Jesus “nos chamou”, afirmou Pedro, “por sua glória
e virtude” (2 Pedro 1:3). Foi a beleza do caráter de Jesus e Seu puro
esplendor que atraíram Pedro. Foi Sua força, mas também Sua suavidade.
Foi Sua pureza moral, mas também Seu amor extraordinário, Sua
ternura e Sua paciência com pecadores e desvalidos. Foi Sua ira ardente
por todas as injustiças cometidas contra outras pessoas, mas também
Sua rápida disposição para perdoar Seus ofensores pelo sofrimento
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