INTRODUÇÃO
Na Porta da Escola
É
inegável que o mundo em que vivemos é repleto de beleza, desde
a luz do sol que bate na neve intocada até as flores da primavera
e do verão; do florescer no rosto de uma noiva recém casada até
as nobres linhas de caráter esculpidas pela vida no rosto de sua avó.
No entanto, o mundo é ainda mais bonito do que aparenta à primeira
vista, certamente mais bonito do que temos direito de esperar dele.
Espantosamente mais. Observe a asa de um inseto sob um microscópio
e perceberá tratar-se de uma maravilha da engenharia. Fale com um
físico que acabou de descobrir como funciona algum vasto e complexo
sistema no universo, e ele dir-lhe-á que a matemática que descreve tudo
aquilo não é somente correta e autoevidente: é também espantosamente
bonita e elegante.
O mundo está também cheio de alegrias e prazeres, alguns deles
profundos, como o cultivo de relacionamentos pessoais saudáveis.
Já outros, como fragrâncias, não essenciais à vida, parecem existir
somente com o propósito de dar-nos um prazer adicional e inesperado.
Tendo dito isso, não há como negar que o nosso mundo é também
um lugar cheio de horror e tristeza, em grande parte completamente
desnecessário. Por que pessoas aparentemente inteligentes e nações
supostamente civilizadas se destroem mutuamente? Por que é preciso
que empresários ricos trapaceiem para juntar alguns milhões a mais aos
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